O ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares assumiu, há pouco, a responsabilidade pelos empréstimos não contabilizados feitos para o PT por terceiros (empresas do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza). Em depoimento na CPI dos Correios, ele fez uma separação entre os empréstimos feitos pelo partido, de conhecimento da Executiva, e os empréstimos que ele afirmou não ter contabilizado.

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De acordo com Delúbio, os empréstimos contabilizados são de conhecimento de toda a Executiva e foram aprovados pelo Diretório. Neste caso, estão os empréstimos do cheque especial no Banco do Brasil, cujos débitos estão, hoje, em torno de R$ 3 5 milhões, e o leasing, também feito no BB, para compra de computadores para informatizar os diretórios do partido em todo o País.

Prosseguindo seu depoimento, Delúbio afirmou que, na seqüência da campanha de 2002, ele foi procurado, em 2003, por vários companheiros de partido e da base aliada , que fizeram dívidas não contabilizadas em suas campanhas e cujos credores queriam receber.

Ele disse que essas dívidas foram contraídas principalmente porque alguns candidatos que, pela lógica política não tinham chance de chegar ao segundo turno, acabaram sendo bem-sucedidos na disputa e chegaram ao segundo turno.

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Em tais casos, segundo ele, a campanha evoluiu, exigindo mais gastos, o que provocou as dívidas.

Procurado pelos companheiros endividados, Delúbio, conforme seu relato, solicitou o empréstimo, e o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza concordou.

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"A escolha das empresas e dos bancos são de minha responsabilidade", afirmou Delúbio. Ele disse que não discutiu esses empréstimos na Executiva, porque as demandas que vinham até ele eram de recursos não contabilizados. "Resolvi desta maneira. Posso ter errado e saberei, com honra e dignidade, assumir o ato que fiz", afirmou.

De acordo com Delúbio, o valor dos empréstimos não contabilizados está em torno de R$ 39 milhões e começou com pouco mais de R$ 10 milhões.