O delegado da Polícia Federal Diógenes Curado pedirá na tarde desta terça-feira (26) mais tempo Justiça Federal para concluir o inquérito que investiga oenvolvimento do empresário Abel Pereira no esquema de vendasuperfaturada de ambulâncias por meio de emendas parlamentares. Pereira é acusado de ser elo do esquema dos "sanguessugas" durante o governo FHC.
Segundoo delegado, esse é o segundo pedido de prorrogação."É uma questãoprocessual. Tenho que checar mais dados, e há mais pessoas a seremouvidas", afirmou Curado Agência Brasil.
O pedido será encaminhado JustiçaFederal em Cuiabá. O delegado disse que enviará também um documentoexplicandoo que foi investigado até agora. "Não chega a ser umrelatório parcial. É apenas um despacho", explica.
O inquérito foi abertoem setembro e, segundo a Polícia Federal, o empresário teve um processo parte por ter sido citado nos depoimentos dos principais personagensdo esquema investigado pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dosSanguessugas.
Abel Pereira é suspeito de intermediar licitaçõessuperfaturadas na gestão do ex-ministro da Saúde Barjas Negri, do PSDB.Os empresários Darci e Luiz Antônio Vedoin, donos da Planam, empresaenvolvida no esquema de venda superfaturada de ambulâncias paraprefeituras, disseram em juízo que Pereira teria ligações com o esquemano governo anterior.
Em depoimento Polícia Federal e CPMI dos Sanguessugas,o empresárionegou ter influência no ministério.O ex-ministro também negou conhecero esquema de favorecimento.
O relatório final da CPMI pediu o indiciamento do empresário Abel Pereira aoMinistério Público.