Arquivo / O Estado
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O ex-ministro é acusado de coordenar um esquema de fraude, que teria desviado R$ 30,7 milhões dos cofres de Ribeirão Preto.

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O delegado seccional de Ribeirão Preto, Benedito Antônio Valencise, divulgou o relatório final do inquérito do lixo, no qual pede à Justiça as prisões preventivas de nove pessoas. O primeiro nome da lista é o do ex-ministro da Fazenda, Antônio Palocci Filho (PT). Valencise justificou que, como as provas de fraudes no contrato do lixo e de varrição pública são incontestáveis, e para garantir a ordem pública e pela repercussão negativa do caso, pediu as prisões. O relatório será encaminhado nesta quarta-feira (20) para o juiz da 1ª Vara Criminal local, Guaracy Sibille Leite, que pedirá um parecer aos promotores do Ministério Público Estadual (MPE).

Valencise citou que Palocci coordenou o esquema de fraude entre 2001 e 2004, que teria desviado R$ 30,7 milhões dos cofres públicos, segundo apurou a investigação. O delegado destacou o trabalho "claro e transparente" da Polícia Civil e não quis comentar o argumento do advogado de Palocci, José Roberto Batochio, que, pouco antes, encaminhou uma petição ao juiz Leite para solicitar a decretação de segredo de Justiça sobre o inquérito até a data da eleição, já que seu cliente é candidato a deputado federal.

"Se ele pedir a prisão preventiva de Palocci é pirotecnia para a televisão", disse Batochio. Após saber da divulgação do pedido de prisão de seu cliente, manteve o seu argumento: "É pirotécnica." Mesmo que a Justiça determine a prisão de Palocci, ele não pode ser preso até 48 horas depois do pleito de 1º de outubro – só seria preso em caso de flagrante ou condenação.

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