O delegado federal aposentado Oscar Camargo Costa Filho teve uma caminhonete e um computador apreendidos pela Polícia Federal, em sua residência no bairro Taquaral, em Campinas, na última sexta-feira. Ele é investigado ao lado de outros agentes da corporação, na mesma operação que resultou na prisão de 25 pessoas suspeitas de integrar suposto esquema de compra de sentenças judiciais para favorecer empresários de casas de jogos e máquinas caça-níqueis.

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Entre os presos na Operação Furacão está o juiz Ernesto da Luz Pinto Dória, que integra o quadro de juízes togados (empossados) fundadores do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (Campinas).

Costa Filho afirmou não ter nenhuma participação no esquema desbaratado pela PF, no qual estão supostamente envolvidos desembargadores, procurador regional da República (afastado), delegados da PF, empresários, advogados e bicheiros. Costa Filho também negou conhecer Dória. "Fui a Brasília hoje porque levaram minha caminhonete, meu computador de trabalho. Não fui preso, nem indiciado. Combati o crime organizado no Espírito Santo embora já tenham dito até que eu me filiei ao crime organizado. Sou cidadão honorário pelo trabalho que fiz e agora não posso nem sair na rua porque minha foto está estampada na televisão", afirmou.

O delegado disse ganhar R$ 15 mil mensais e trabalhar em São Paulo. Segundo a PF, Costa Filho teria intermediado conversas entre representantes de bingos e policiais federais. "Advogo para bingo e acredito que tenha de ser uma atividade regulamentada. Mas trabalho dentro da legalidade."

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Costa Filho já ocupou a Secretaria de Segurança Pública do Espírito Santo e já teve escritório na Avenida Paulista.

A presidente da OAB de Campinas, Teresa Doro, disse que se houver algum tipo de comunicado oficial à OAB sobre possível participação de Costa Filho no esquema desbaratado pela PF, o caso será encaminhado para o Tribunal de Ética da entidade.

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