A prisão do jogador Leandro Desábato do time de futebol argentino Quilmes ajuda a combater o racismo, avalia o delegado Dejar Gomes Neto, responsável por acompanhar o caso. "O jogador esperava que fosse sair livremente e que seria um simples registro. Com todo o transtorno, qualquer pessoa vai pensar dez vezes antes de dizer alguma palavra racista", declarou o delegado Gomes Neto.

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Durante o jogo de ontem (13) pela Taça Libertadores da América, ainda no primeiro tempo, Grafite foi ofendido pelo jogador do Quilmes da Argentina, Leandro Desábato. Irritado, o brasileiro agrediu fisicamente Luis Arano, também do Quilmes. Grafite e Arano foram expulsos. Ao final do jogo, o delegado Oswaldo Gonçalves, que estava presente no estádio do Morumbi, zona oeste da capital paulista, deu ordem de prisão a Desábato. O argentino está preso desde ontem à noite no 34º Distrito Policial, na Vila Sônia, zona sudoeste de São Paulo, aguardando o pedido de habeas corpus.

De acordo com o delegado Gomes Neto, durante o depoimento, Desábato assumiu que tinha agredido verbalmente o jogador brasileiro, mas depois negou. Ainda segundo o delegado, o argentino chamou Grafite de "negrito"; "macaquito" e utilizou outras expressões de baixo calão, muitas das quais com conotação racista.

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