O Brasil levará a maior delegação de todos os tempos às Paraolimpíadas de Atenas, na Grécia. A equipe brasileira é formada por 99 atletas, 35 a mais que em Sydney, na Austrália, nos jogos de 2000. ?Desde a última Paraolimpíada, o comitê fez um trabalho de oferta maior de condições aos atletas brasileiros, aumentando a oportunidade de participação em eventos internacionais. Isso nos permitiu estabelecer dentro do ranking internacional as condições para estarmos em Atenas agora com 99 atletas?, explicou o presidente do Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB), Vital Severino Caetano, em entrevista ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional AM.
Faltam 99 dias para o início da 12ª edição dos jogos paraolímpicos, a ser será realizada entre os dias 17 e 28 de setembro. Os atletas brasileiros disputarão 13 modalidades esportivas: atletismo, basquete em cadeira de rodas, ciclismo, esgrima, futebol de 5 (para cegos), futebol de 7 (para paralisados cerebrais), goalball (esporte coletivo praticado por cegos), halterofilismo, hipismo, judô (para cegos), natação, tênis de mesa e tênis em cadeira de rodas. Dessas modalidades, três estarão pela primeira vez em uma Paraolimpíada: futebol de 5, hipismo e goalball. De acordo com o presidente do CPB, o Brasil tem mais chances de conquistar medalhas no atletismo, natação e judô.
Nas últimas paraolímpíadas, os brasileiros trouxeram 22 medalhas: seis de ouro, 10 de prata e seis de bronze. Para Vital Caetano, desde então os jogos paraolímpicos passaram a ser mais valorizados pelos torcedores. ?O esporte praticado por pessoas com deficiência é o mesmo praticado pelo Guga, que foi praticado pelo Robson Catetano, que é praticado pelo Gustavo Borges, pelo pessoal do vôlei?, observou.
Segundo ele, a maior visibilidade dos atletas paraolímpicos se deve, em grande parte, à divulgação por parte dos meios de comunicação. ?A mídia está dando ao segmento a atenção devida e isso faz com que a sociedade brasileira tome conhecimento da existência desse esporte, o que é um fator fundamental no processo de inserção social, de reabilitação física e emocional dessas pessoas que, por uma razão ou outra, se sentem à margem da vida por terem uma limitação, seja ela física, sensorial ou intelectual?, salientou. Para os atletas portadores de deficiência, acrescentou, o esporte é uma ferramenta de elevação da auto-estima e de melhoria das condições de saúde.
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