O presidente da CPI dos Correios, senador Delcídio Amaral (PT-MS), chegou há
pouco ao Banco Central para participar de reunião com o presidente da
instituição, Henrique Meirelles. Ao chegar, ele disse que aproveitará o encontro
para pedir que seja acelerado o processo de envio de informações à CPI dos
Correios.
Ele destacou, em especial, que até o momento a CPI não recebeu
nenhuma informação sobre a agência do Banco Rural em Brasília, de onde
supostamente sairiam os recursos para o pagamento do mensalão. O senador fez
questão de frisar que acredita que a demora no envio das informações deve-se
mais a entraves burocráticos.
Também informou que já assinou hoje os
ofícios com os pedidos de quebra de sigilos bancários, telefônicos e fiscais do
ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu, do ex-presidente do PT José
Genoino, do tesoureiro licenciado do PT, Delúbio Soares, e do secretário-geral
licenciado do PT, Silvio Pereira.
Delcídio disse também que vai procurar
agendar ainda hoje um encontro com o procurador da República, procurado pelo
empresário Marcos Valério Fernandes de Souza com o intuito de fazer novas
revelações e em troca receber uma redução de sua penalidade. Ao ser indagado se
a atitude demonstrava que Valério teria mentido à CPI dos Correios, o senador
disse que preferia não fazer nenhuma ilação. "Quero antes conversar com o
procurador", disse Delcídio.
Ele também afirmou, ao chegar no BC, que as
pessoas não devem ter dúvidas de que a CPI dos Correios vai apresentar
resultados. "Peço que as pessoas aguardem. O tempo vai dizer o que nós estamos
fazendo", afirmou Amaral. Ele elogiou ainda a Receita Federal, por sua presteza
na ajuda aos trabalhos da CPI. "A Receita Federal tem sido extremamente ágil",
disse.