Déficit do INSS cresce 11,9% em 2006 e atinge R$ 42 bilhões

Apesar de as receitas terem crescido e as despesas terem seguido um ritmo menos acelerado, a Previdência Social fechou suas contas com um déficit de R$ 42 bilhões em 2006. O resultado significou 11,9% de aumento em relação ao ano anterior.

Para 2007, o Ministério da Previdência anunciou ontem que projeta um rombo nas contas de R$ 47,2 bilhões, influenciado pelo impacto do novo salário mínimo, de R$ 380, que começará a ser pago em abril, e pelo crescimento vegetativo do número de segurados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

O ministro da Previdência, Nelson Machado, e o secretário de Políticas de Previdência Social, Helmut Schwarzer, comemoraram o resultado de 2006 porque o déficit acabou um pouco abaixo das projeções oficiais, que apontavam para um rombo entre R$ 41 bilhões e R$ 43 bilhões.

As medidas de gestão adotadas ao longo do ano foram os motivos, na avaliação do governo, do maior controle das despesas com benefícios e do aumento de eficiência da máquina arrecadadora.

A arrecadação total no ano passado alcançou R$ 123,52 bilhões, aumento de 13% em relação a 2005. Já os gastos com o pagamento de 21,6 milhões de benefícios previdenciários e 2,9 milhões de assistenciais aumentaram 13,4%.

O secretário ressaltou que medidas administrativas adotadas ano passado, como a contratação de mais médicos peritos e mudanças nos procedimentos de concessão de auxílios-doença, ?reverteram a curva de crescimento? explosivo em que se encontravam os benefícios.

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