A indústria elétrica e eletrônica encerra 2005 com um déficit de US$ 7,182 bilhões, um número 2% inferior ao do ano passado, segundo resultado prévio do ano divulgado hoje pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee). Os números são resultado de exportações de US$ 7,631 bilhões, 43% acima de 2004, e importações de US$ 14 813 bilhões, o que representou alta de 17% sobre o ano passado.
Em relação às importações, só em componentes o setor comprou do exterior US$ 9,519 bilhões, maior volume entre os oito segmentos pesquisados. Quanto às exportações, celulares foram disparados os produtos mais vendidos ao exterior: US$ 2 373 bilhões ante US$ 736 milhões em 2004, o que representou uma variação de 222%, conforme a prévia da Abinee.
O levantamento apontou também que o faturamento da indústria elétrica e eletrônica cresceu 15% em 2005 ante 2004, em termos nominais, e 8% em termos reais. O faturamento total do setor atingiu neste ano R$ 93,951 bilhões ante R$ 81,601 bilhões em 2004.
O segmento de telecomunicações, que inclui celulares, registrou o maior crescimento entre os oito que compõem o setor. O aumento real foi de 24% ante 2004.
O incremento das importações, impulsionado pelo dólar, foi a principal razão para o recuo de 6% no faturamento da indústria de componentes, que viu parte de seu fornecimento substituída por importados. A projeção da Abinee mostra que o nível de utilização da capacidade instalada do setor encerrará dezembro em 87%, o segundo melhor desempenho de 2005, atrás apenas de março (88%).