Defesa dos irmãos Cravinhos tenta derrubar tese de latrocínio

Está no Superior Tribunal de Justiça (STJ) um processo por meio do qual a defesa de Christian e Daniel Cravinhos de Paula e Silva, acusados de ter assassinado o casal Manfred e Marísia Richthofen, em 2002, pede para que seja anulada decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo que impediria o exame, no STJ, da alegação de que não houve alteração da cena do crime pelos acusados. Assim, a imputação de latrocínio contra eles ficaria descaracterizada.

A defesa dos irmãos Cravinhos interpôs recurso especial para o STJ no Tribunal de Justiça de São Paulo. Após examinar o recurso, o desembargador Jarbas João Coimbra afirmou que ele não poderia ser admitido, pois se tratava, apenas, de "pretensão ao reexame de provas", o que é vedado pelo STJ. No agravo de instrumento, dirigido, agora, ao STJ, a defesa protesta, afirmando que a decisão deve ser anulada, pois não houve, como entendido pelo tribunal paulista, alteração da cena do crime.

Segundo ainda a defesa, o que de fato ocorreu foi a modificação grosseira e perceptível do lugar, e não inovação que levasse o magistrado ou até mesmo a autoridade policial a erro. Ao pedir a anulação da decisão e o conseqüente prosseguimento do recurso especial, a defesa insiste ter havido violação frontal do parágrafo único do artigo 347 do Código Penal e não ser a análise pelo STJ um caso de reexame de provas. Ainda não foi sorteado relator para o caso. O julgamento dos irmãos Cravinhos e de Suzane Richthofen, acusada de planejar o assassinato dos pais, foi marcado para o próximo dia 5 de junho.

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