Defesa de vítimas de Pinochet critica falta de julgamento

Uma advogada das famílias de quatro franceses que supostamente foram vítimas da ditadura de Augusto Pinochet expressou hoje sua fúria diante da possibilidade de que seus casos nunca sejam julgados. Pinochet, de 91 ano e que ontem sofreu um ataque cardíaco, está hospitalizado em estado grave. Sua ditadura de 17 anos cometeu milhares de assassinatos políticos, torturas e detenções ilegais. "Pinochet passará à história como o homem que nunca foi julgado", disse a advogada Sophie Thonon.

Desde outubro de 1998, juízes vêm investigando o desaparecimento de quatro cidadãos franceses entre 1973 e 1990 no Chile, quando Pinochet estava no pode. Ordens internacionais de prisão foram emitidas contra o general e 18 oficiais militares. Thonon criticou o lento processo judicial, que, entre outras coisas, permite que suspeitos em idade avançada nunca sejam julgados.

"O que mais me enfurece é que Pinochet, sem dúvida, vai morrer sem ser levado a julgamento", disse Thonon. Entre os franceses desaparecidos está Georges Klein, médico pessoal do deposto presidente Salvador Allende. Klein desapareceu em 11 de setembro de 1973, dia do golpe de Estado que levou à morte de Allende e à ascensão de Pinochet ao poder.

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