Cinco famílias moradoras de duas áreas de risco de Antonina, região litorânea, foram removidas de suas casas na noite de terça-feira (10), depois que o Simepar alertou para a grande quantidade de chuva prevista para a região. As 16 pessoas foram encaminhadas para um abrigo na Escola Municipal Gil Feres e residências de familiares.
Com o excesso de chuva acumulado, as encostas dos bairros Caixa d’Água e Graciosa de Cima correm risco de desmoronamento e deslizamento. O volume de chuva registrado nos últimos três dias é de 129 milímetros, o dobro do considerado adequado. O Corpo de Bombeiro, a Polícia Militar e o Conselho Tutelar acompanharam as desocupações.
“A evacuação preventiva das famílias seguiu a orientação do governador, que recomenda que a prioridade seja a preservação da vida”, disse o secretário-chefe da Casa Militar e coordenador estadual da Defesa Civil, coronel Adilson Castilho. Ele vistoriou, nesta quarta-feira (11), as residências desocupadas e disse que o governo estadual está acompanhando as previsões de chuvas e oferecendo todo suporte aos moradores.
Os desabrigados encaminhados para a escola municipal recebem alimentação diária. O coronel Castilho informou que as famílias deverão retornar em breve para suas residências, porque há tendência de o clima melhorar. A Cohapar está construindo 50 unidades habitacionais para a retirada definitiva das famílias de áreas de risco.
O geólogo Oscar Salazar Junior, da Mineropar, acompanhou a vistoria e avaliou a situação do solo. “Nossa experiência mostra que nessas condições já pode haver deslocamento de massa. Não podemos esperar que o desastre ocorra para agir”, afirma ele.