Brasília – Em depoimento no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara, o deputado João Paulo Cunha (PT-SP) apresentou documento assinado por Delúbio Soares, na qual o ex-tesoureiro assume que pôs à disposição no Banco Rural os R$ 50 mil sacados pela esposa do deputado das contas de Marcos Valério.

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Na declaração, Delúbio afirma que João Paulo não tinha conhecimento da origem do dinheiro. "Se eu soubesse que tivesse qualquer possibilidade de qualquer irregularidade nesse processo eu iria manda a minha esposa? Seria uma estupidez. Pedi para ela ir porque tinha certeza de que era um dinheiro oriundo dos cofres do PT".

João Paulo disse que o dinheiro foi usado para pagar pesquisa de opinião na região de Osasco. Segundo ele, os recursos foram repassados ao responsável pela contratração do trabalho e que não tem responsabilidade sobre isso.

O relator do processo contra João Paulo, deputado Cezar Schirmer (PMDB-RS) questionou as notas fiscais apresentadas pela empresa que fez a pesquisa de opinião. Segundo ele, as três notas apresentam números seqüenciados, ainda que com intervalo de três meses entre a primeira e a última. Na opinião do deputado, ou a empresa só fez esse trabalho de pesquisa durante o período, ou há algo de errado com a documentação.

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