Brasília – Mais um embate entre a equipe do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, e a chamada ala "desenvolvimentista" do governo poderá acontecer nos próximos dias. O Conselho Monetário Nacional (CMN) se reúne na próxima semana para discutir o nível da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) válida para o primeiro trimestre de 2006. Desde abril de 2004, essa taxa está em 9,75% ao ano.
O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Guido Mantega, pressiona pela redução da taxa, que é utilizada na maior parte dos financiamentos oferecidos pela instituição que comanda. Ele quer, com isso, oferecer empréstimos mais baratos ao setor produtivo.
O secretário do Tesouro Nacional, Joaquim Levy, já defendeu publicamente que a TJLP deveria acompanhar a variação da taxa de juros básica da economia, a Selic, numa época em que essa taxa estava subindo. O secretário acredita que a tendência, no longo prazo, deveria ser a TJLP aproximar-se das demais taxas de mercado.
Na sua avaliação, o nível atual da TJLP não interfere nas decisões de investimento, porque o empresário, ao decidir tocar um projeto, olha o horizonte da economia a longo prazo. A reunião mensal do CMN foi marcada para o próximo dia 15, segundo informou hoje (5) o Banco Central.
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