O futuro político do presidente da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti (PP-PE), deve ser avaliado pelos parlamentares no Congresso Nacional. Ao governo federal cabe exclusivamente defender que o caso de irregularidades envolvendo o nome do deputado seja apurado o mais rapidamente possível.
A declaração é do ministro Jaques Wagner, da Secretaria de Relações Institucionais, e foi feita durante debate sobre reforma política realizado na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
"O presidente Lula não opina sobre essa matéria e entende que ela deve ser tratada dentro dos trâmites normais da Câmara", disse o ministro. Ele acrescentou que a Polícia Federal está investigando o caso e que "todos estamos a favor de que brote a verdade, seja ela qual for".
Na opinião de Jaques Wagner, o país está vivendo sob um clima de excitação por denúncias, mas "é preciso baixar um pouquinho essa taxa de excitação, porque ela não contribui para o esclarecimento". O ministro advertiu ainda que "é preciso não exagerar na dose, pois de repente a oposição pode até sofrer o chamado efeito bumerangue ? o próprio excesso de excitação pode servir contra os que estão fazendo".
Sobre os trabalhos no Poder Legislativo, citou matérias definidas no mês de agosto, como a aprovação, pelo Senado, do projeto de lei que cria a Agência Nacional da Aviação Civil (Anac). "Mas eu concordo que toda turbulência impacta o funcionamento normal", afirmou.
