Decisão sobre plataforma P-51 não deve ser antes do carnaval

Até o carnaval, a Petrobrás não deverá ter uma posição definida em relação à construção do casco da Plataforma P-51 no Brasil. A estimativa foi feita pelo diretor da área de Serviços da estatal, Renato Duque, considerando a necessidade de se agir com cautela devido aos muitos milhões de dólares envolvidos no processo.

A equipe técnica da empresa está discutindo a proposta formulada pelo grupo Fels Setal contendo preço e prazo para construir o casco da plataforma no país. Há possibilidade de que isso aconteça, segundo explicou Renato Duque, porque existe por parte do governo fluminense a disposição de isentar a operação do ICMS. “O que a Petrobrás não pode é pagar mais por isso”, afirmou.

Ele revelou que houve, na proposta, acréscimo no custo e no prazo para a fabricação do casco da P-51 no Brasil, mas não quis dar maiores detalhes sobre o percentual, porque está sendo objeto de negociação entre as partes.

A proposta anterior do Fels Setal previa custo em torno de US$ 700 milhões. Duque ressaltou, contudo, que a construção do casco no Brasil e o prazo para entrega são maiores na comparação com o tempo de fabricação e o custo da operação no exterior. A isenção de cobrança do ICMS faria a diferença nesse processo. Ou seja, ?o ICMS que deixa de cobrar é maior do que essa diferença?, declarou.

Como o valor sem ICMS é menor do que a construção do casco no exterior, mas o prazo é mais longo se fabricado no país, a Petrobrás está re-analisando o estudo de viabilidade técnico-econômica do projeto como um todo, com vistas ao fechamento de um acordo.

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