A decisão do Tribunal Regional Federal, reconhecendo a competência da CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança) para decidir sobre a liberação dos produtos transgênicos, não deve influenciar na posição do Paraná de continuar buscando, junto ao Ministério da Agricultura, o reconhecimento de área de produção livre de transgênicos.
A informação é do diretor da DDSV ? Departamento de Defesa e Sanidade Vegetal da Secretaria da Agricultura, Carlos Alberto Salvador. Ele acredita que antes de qualquer decisão final, os Ministérios da Saúde, do Meio Ambiente e da Agricultura, deveriam ser consultados e convidados a emitirem pareceres técnicos sobre o assunto, respeitando as devidas competências de cada um.
A visita de delegações vindas da China, França e Japão interessadas na soja convencional apenas reforçam a convicção por parte do Governo do Estado de manter o estado como área livre de transgênicos, informa o diretor do Defis. Salvador acredita que esse interesse trará benefícios ao agricultor paranaense, que poderá conseguir melhores preços pelo seu produto.
Decisão conjunta
“Com uma decisão conjunta, os Ministérios da Agricultura, Meio Ambiente e Saúde, além de outras entidades capacitadas, poderiam contribuir de forma significativa para pôr fim a uma questão tão polêmica”, acredita Salvador. O resultado de um trabalho em equipe, segundo ele, com certeza seria mais favorável aos consumidores produtores de soja.
Carlos Alberto Salvador ressaltou que a proposta do Governo do Paraná, em lutar por uma área livre de transgenia tem como fator principal oferecer alimento produzido com segurança, tanto no aspecto de saúde como do meio ambiente, e sem perder de vista o interesse do mercado mundial pela soja convencional.
Independente da responsabilidade ou não da CTNBio, o diretor a DDSV acredita que o Governo do Paraná vai continuar lutando para que os agricultores do Estado não plantem soja transgênica na próxima safra, e incentivar os poucos que plantaram em 2003/04, a desistirem da idéia.
