Michael Schumacher deve iniciar a disputa do GP da Turquia, 14.º da temporada, amanhã, ainda com mais vontade do que normalmente faz. Ontem o piloto da Ferrari soube que Fernando Alonso, da Renault, não vai mesmo poder dispor mais do polêmico amortecedor de massa, sistema que auxiliava no desempenho do seu carro.
O Tribunal de Apelo da FIA julgou recurso da própria entidade e concluiu que a engenhosa solução mecânica dos franceses é "ilegal.
Depois de não mais utilizar o sistema de amortecedor de massa, nas duas últimas etapas, Alemanha e Hungria, a Renault somou apenas 7 pontos dentre os 36 possíveis. Foi seu pior desempenho no campeonato. A diferença para a Ferrari era de 21 pontos (142 a 121) depois da França, ao passo que agora, em seguida às corridas de Hockenheim e Hungaroring, está em apenas 7 pontos (149 a 142). Os números, ainda que não expliquem tudo, mostram com maior clareza o que Alonso perdeu com a decisão da FIA.
Mesmo com a vantagem sobre Schumacher na classificação, 100 a 90 pontos, as perspectivas da sua equipe nas 5 provas que restam no calendário não parecem ser as melhores. No intervalo de três semanas entre a etapa de Budapeste a de Istambul, domingo, com toda certeza Tim Denshan, projetista do R26, carro de Alonso, repensou o que é possível para o seu modelo não perder tanta performance sem o amortecedor de massa. O R26 foi projetado para o uso do sistema.
A alegação da FIA para vetar o recurso é que ele, por interferir no controle da altura do assoalho do carro, caracteriza-se como um componente móvel do conjunto aerodinâmico. O curioso é que a Renault dispunha do sistema desde a segunda metade do campeonato do ano passado e só agora, depois do GP da França, a FIA concluiu que não respeitava o regulamento.