Décimo terceiro salário injeta R$ 45,9 bilhões na economia

São Paulo (AE) – A economia deverá receber R$ 45,9 bilhões com o pagamento, pela empresas, do 13.º salário aos trabalhadores neste ano. A estimativa foi divulgada hoje (10) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese). O valor equivale a 2,4% do Produto Interno Bruto (PIB) e é destinado a 56,45 milhões de trabalhadores do País. Brasília deve receber o maior valor médio (R$ 1.664,85) no País, enquanto o menor ficará com o Piauí (R$ 464,17). O valor médio nacional foi estimado em R$ 812,72. A média a ser paga aos empregados com registro em carteira ficará em R$ 1.092,44 e aos beneficiários da Previdência, em R$ 478 07.

O Dieese explica que o volume de recursos ingressa na economia durante os 12 meses do ano, e não somente em novembro e dezembro, já que muitos trabalhadores antecipam parcelas do 13.º quando tiram férias. "Entretanto, estima-se que a maior parte, em torno de 70% do total dos valores referentes ao 13.º, seja paga no final do ano", informa documento divulgado pelo Dieese.

Segundo a instituição, dos 56,4 milhões de brasileiros com direito a receber o 13º salário, 41,9%, ou seja, 23,65 milhões, são beneficiários da Previdência Social, caso de aposentados e pensionistas. Esse grupo receberá do INSS cerca de R$ 11,3 bilhões, ou seja, 24,6% dos R$ 45,9 bilhões a serem inseridos na economia. Empregados formais representam 55%, ou 31 06 milhões, dos trabalhadores com direito ao 13º, sendo também contribuintes do sistema previdenciário. Envolvem o recebimento de R$ 33,9 bilhões, ou 74% do montante dos recursos financeiros. Os 3,1% dos empregados restantes com direito à remuneração extra referem-se aos trabalhadores domésticos com registro em carteira profissional, representando algo como 1,4% dos valores a serem movimentados, ou cerca de R$ 634,3 milhões.

Por região geográfica, o Dieese estima que 57% do volume financeiro será distribuído na Região Sudeste; 16,9%, no Sul; 14 1%, no Nordeste; 8%, no Centro-Oeste; e 3,9%, no Norte. O Dieese esclarece que o cálculo não considera os eventuais recebimentos de autônomos e assalariados sem registro em carteira.

Para chegar ao valor de R$ 45,9 bilhões e ao contingente de 56,45 milhões de trabalhadores, o Dieese utilizou dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), ambos do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2003, produzida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e informações do Ministério da Previdência e Assistência Social.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo