Por determinação do diretor do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) – órgão vinculado à Aeronáutica -, Ramon Cardoso, todos os oficiais da Força que não pertenciam diretamente ao controle do tráfego aéreo do País voltaram hoje aos seus postos de chefe das salas de operação em todos os Cindactas do País.
O clima hoje no Cindacta 1, em Brasília, era tranqüilo e, completamente diferente de sexta-feira, quando os controladores de vôo se amotinaram e paralisaram todos os aeroportos abrindo a mais grave crise aérea da história do Brasil. Apesar da tranqüilidade aparente, os controladores demonstraram constrangimento por terem provocado um caos que atrapalhou milhares de brasileiros.
Do outro lado, os oficiais da Força retornaram às suas atividades mais tranqüilos. Eles negaram que o controle aéreo do País fora abandonado totalmente. Explicaram que a saída de cena foi necessária até que houvesse esclarecimento.
Na reunião de ontem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com o ministro da Defesa, Waldir Pires, e com o comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, ficou definido que os oficiais ficam na chefia das salas de operação até que o serviço de controle de tráfego aéreo no País seja desmilitarizado.