De janeiro a agosto, 28 trabalhadores rurais foram assassinados no Brasil

De janeiro a agosto deste ano, 28 trabalhadores rurais foram assassinados, de acordo com levantamento feito pela Comissão Pastoral da Terra (CPT). O número é maior do que o do ano passado, quando 27 trabalhadores foram mortos no mesmo período.

O Pará, estado no qual a missionária Dorothy Stang foi assassinada, lídera em número de mortes. Somente neste ano, 14 trabalhadores foram assassinados no estado. No Mato Grosso ocorreram três mortes e, na Bahia, em Pernambuco, no Rio de Janeiro e no Maranhão ocorreram duas.

O levantamento realizado pela CPT registra também 27 tentativas de assassinato, 114 ameaças de morte, duas pessoas torturadas, 52 agredidas fisicamente, 144 presas e 80 feridas. Nesse período, ocorreram 794 casos de conflito no campo, número 44% menor do que no ano passado. Esses conflitos envolveram 615.260 pessoas, o que representa uma redução de 26%.

Desde que foi criada, em 1975, a CPT, órgão ligado à estrutura da Igreja Católica, reúne dados sobre a situação de conflito no Brasil rural. A partir de 1985, para ajudar no trabalho de denúncia e fiscalização, a Comissão começou a sistematizar esses dados e a publicá-los. Desde então, anualmente, a CPT divulga informações sobre os conflitos por terra, os números de assassinatos, de ameaças de morte e de prisões, entre outras informações.

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