Como o destinatário da mensagem condiciona todo o processo da comunicação – tratamento da mensagem, veículo, canal, freqüência de emissão, etc. – quem quisesse atingir efetivamente todos os eleitores, em uma comunidade, com uma só mensagem, teria, teórica e primeiramente, que conhecê-los para ajustar sua mensagem e a emissão desta a eles. Como isso é praticamente impossível, o jeito é fazer um perfil simples, básico, dos pretendidos destinatários da mensagem.

Os marqueteiros, em seu propósito de manipular a decisão dos eleitores, servem-se de consultas prévias sobre o que os eleitores querem ouvir. Fazem como os sedutores. E, a partir daí, elaboram suas mensagens. São científicos.

Como cidadão interessado no progresso e bem-estar da comunidade onde vive, eu gostaria de contribuir com os eleitores de Curitiba, pelo menos, para que, no próximo dia 3 de outubro, escolhessem e votassem no melhor candidato a prefeito e no melhor candidato a vereador. E, para assim contribuir, gostaria de ter os meios de chegar aos eleitores e, depois de obter sua permissão para me ouvirem, fazer algumas considerações sobre a próxima eleição em Curitiba.

Como não tenho todos os meios necessários para chegar a todos os eleitores de Curitiba e, depois de obter sua aquiescência, expor alguns itens para meditação de seu voto no dia 3 de outubro, valho-me deste espaço – o que não é pouco – e da mensagem que posso articular.

Eleger um prefeito e um vereador dentre vários candidatos é escolher um prefeito e um vereador dentre os candidatos. Escolher bem importa em conhecer os apresentados. Se o conhecimento não pode ser feito, faz-se uma triagem por algumas demonstrações positivas ou negativas. São demonstrações positivas: a conduta pessoal correta, o trabalho produtivo feito. São demonstrações negativas: a conduta pessoal reprovável, as promessas mirabolantes para enganar os ingênuos, os gastos excessivos na campanha.

Um prefeito e um vereador não fazem o que querem no exercício de seus mandatos. Eles estão limitados pelos recursos disponíveis e pela lei no uso desses recursos. Assim, as promessas generosas de campanha são feitas apenas para enganar os eleitores. Elas revelam os maus candidatos.

E simpatia simplesmente não é um bom critério para escolha de candidato. A sabedoria popular diz que todo malandro é simpático e cheio de gentilezas. São essas suas ferramentas de trabalho.

Um prefeito e um vereador, para exercerem bem os seus mandatos, precisam ter competência e procederem corretamente em benefício do município. A competência não é a que o candidato ou sua propaganda proclamam. Mas é a já revelada no passado e no presente em cargos que exerceu, justificando os conhecimentos e a capacidade que tenha.

Curitiba é uma cidade em extraordinário desenvolvimento e com uma população crescendo também extraordinariamente. Isso quer dizer que ela precisa de bons administradores para resolver os problemas que decorrem de seu desenvolvimento e do crescimento de sua população. Nessa oportunidade de eleição de prefeito e vereador, tem-se também a oportunidade de dar a Curitiba os bons administradores de que ela precisa.

As pessoas se revelam pelas escolhas que fazem.

Escolha seu candidato como escolheria o médico para seu filho. Pela competência e honestidade.

J. Ribamar G. Ferreira é advogado e professor aposentado da Universidade Federal do Paraná.

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