O Programa Nacional de Agricultura Familiar (Pronaf) tem impacto positivo na vida dos agricultores familiares. É o que mostra pesquisa encomendada pela Secretaria de Agricultura Familiar (SAF) do Ministério do Desenvolvimento Agrário, divulgada nesta segunda-feira (11). O levantamento avaliou as contribuições do Pronaf para os pequenos agricultores do Paraná.
Com base em questionário respondido por 2.308 agricultores beneficiários da safra agrícola 2004/2005 e por 500 agentes locais, o estudo mediu o impacto do programa sobre a qualidade de vida dos agricultores familiares de três regiões do Paraná – Vale do Ribeira, Oeste e Sudoeste.
O estudo mostra que o setor familiar atendido pelo Pronaf (415 mil pessoas) gerou cerca de 20 mil ocupações no campo entre os anos de 2003 e 2005, o que garantiu a permanência do agricultor.
Para secretário de Agricultura Familiar do MDA, Valter Bianchini, a pesquisa é importante para identificar os pontos positivos do programa e melhorar os negativos.
?Ela não só aponta um resultado positivo de manutenção de postos, incremento de renda e assistência técnica, como também mostra algumas recomendações. O crédito deve apoiar mais a diversificação?, disse. ?Existe muita produção de milho e soja. Nós temos que incrementar mais a diversificação na integração da lavoura/pecuária. Enfim, a pesquisa aponta algumas recomendações que a gente quer fazer para o próximo quadriênio?, afirmou Biachini.
A maioria dos pesquisados, 91%, afirma que o programa levou a um aumento da produção. É o caso de João Carlos Hilman, agricultor familiar do Vale do Ribeira. ?Muitas vezes nós conhecíamos um mercado para atuar em determinado ramo, mas não tínhamos condições e o Pronaf proporcionou isso?, contou.
A primeira pesquisa foi realizada no Paraná porque o estado é o segundo maior em número de agricultores atendidos pelo Pronaf, perdendo apenas para o Rio Grande do Sul. O próximo levantamento será realizado em estados do Nordeste e deve ser expandido para todo o país.