O Brasil irá sediar a Copa do Mundo e as Olimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro. Nossa classe C vem crescendo e adquirindo poder de compra e já começa a ser elemento muito importante nas decisões governamentais e das grandes empresas.
Com trinta milhões de novos consumidores, este é o tamanho da classe média que consumirá e frequentará os dois eventos de porte mundial já agendados, além dos turistas. Com certeza o Brasil já se tornou alvo de investimentos em infraestrutura e serviços voltados ao entretenimento esportivo.
Durante os anos que antecedem os eventos, muitos atletas e talentos despontarão com o sonho de participar destes. Profissionais de futebol, vôlei, basquete, natação e até outras categorias menos conhecidas dos brasileiros.
O cenário nesta década será um Brasil reduzindo a sua pobreza, com milhões de pessoas melhorando a sua condição de vida e enormes investimentos, diga-se necessários, para comportar os eventos de categoria mundial que serão recebidos. Tudo para crescer e dar certo.
Novas marcas esportivas e lojas de grande porte já vêm se instalando no país. Consumo que antes era apenas acessado por uma minoria que podia viajar ao exterior, outro aspecto importante que está sendo mudado com o acesso a melhores salários e condições de vida. Atualmente grande parte dos brasileiros já pode se dar ao luxo.
Talentos no esporte vêm se destacando, principalmente no futebol, que sempre foi o carro chefe em matéria de revelação de gênios, mas esportes como a natação e o vôlei também estão trazendo novas perspectivas. Hoje temos um recordista mundial nas piscinas.
A preocupação seria que estes atletas estarão na mira de grandes corporações e clubes, que utilizarão a sua imagem para realizar imensos lucros. Nada contra, até positivo desde que sejam gerados empregos e os atletas recebam proporcionalmente ao retorno proporcionado aos seus patrocinadores.
Aqueles que procuram desde o início da carreira orientação jurídica visando uma melhor proteção de seus direitos, bem como defini-los através de uma relação contratual com o clube ou o patrocinador que decidiu apoiá-lo, tende a proteger seus merecidos ganhos e prosperá-los durante sua carreira e até realizar mais.
Importante que além do apoio do agente seja realizado um apoio psicológico, orientações de carreira e investimentos, pois de uma pessoa comum o atleta se torna uma celebridade e poucas pessoas têm maturidade suficiente para que a fama não lhe destrua a essência. Assim, uma equipe multidisciplinar iria ajudar os novos talentos a progredir e a adentrar no mundo dos famosos sem perdas ou com riscos calculados.
O cenário que se apresenta nos próximos anos é de muita movimentação na área do entretenimento esportivo, pois será necessário formar a nova geração que irá participar da Copa e das Olimpíadas. E com um mercado consumidor crescente investimentos é que não faltarão, porém, será necessária a formação de muitos profissionais especializados na relação com as celebridades, com o público, que será grande e disputado, juntamente com as consequências dos atos dos patrocinadores e clubes em relação à imagem dos atletas.
Marcelo Augusto de Araújo Campelo é advogado.