O banqueiro Daniel Dantas, do Opportunity, confirmou há pouco, em seu depoimento na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, que um dos seus ex-sócios no banco, Carlos Rotemburgo, foi procurado por Ivan Guimarães, que veio a ser depois presidente do banco Popular, e que teria na ocasião lhe dado um kit do PT em troca de doação de recursos para a campanha petista. O kit teria sido devolvido. Dantas confirmou, também, outro encontro de Rotemburgo com o então tesoureiro do PT, Delúbio Soares, no hotel Blue Tree, em Brasília, onde Delúbio teria pedido US$ 50 milhões para sanar as dificuldades financeiras que o PT estava tendo, em conseqüência da campanha presidencial.

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Dantas disse que o pedido foi negado em ação conjunta com o Citibank, um dos sócios da Brasil Telecom O banco enviou inclusive uma carta afirmando que pelas leis americanas não podia fazer esse tipo de doação. Daniel Dantas relatou também uma série de eventos onde ele se diz perseguido pelo governo Lula. Segundo ele, o ex-presidente do Banco do Brasil, Cássio Casseb, fez de tudo para tirá-lo do controle da Brasil Telecom, porque os fundos de pensão não queriam que ele a administrasse. Ele atribui a pressão de Casseb ao fato de não ter feito o que o PT queria. Dantas disse que não entendeu como uma ameaça o encontro com Delúbio, mas sim a conversa que teve com Casseb. Perguntado se ele tinha sido extorquido ou não Dantas disse que não cabe a ele dizer e sim ao Ministério Público.

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