Depois de um acordo entre a Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) e o Flamengo, a ginasta Daniele Hypólito pediu desculpas publicamente por, em um ato de indisciplina, ter abandonado a seleção, no início de abril, quando estava em São Paulo para a disputa de uma das etapas da Copa do Mundo. A atitude da atleta transformou em questão de dias o seu retorno à equipe do Brasil, em Curitiba (PR).

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Na tentativa de corrigir o erro, Daniele leu uma carta apresentando vários motivos para a rebeldia, como o estresse, o ritmo intenso de treinamentos, a vontade de sempre vencer, além de problemas particulares. A ginasta havia decidido deixar a seleção ao ser comunicada pelo técnico Oleg Ostapenko de que não competiria em dois aparelhos – barras paralelas e salto – durante a etapa brasileira da Copa do Mundo.

"Minha última passagem pela seleção foi um desastre que quero recuperar", leu Daniele em um trecho da carta. "Quero me desculpar…pela minha infeliz despedida da seleção, quando equivocadamente, a abandonei utilizando-me de um humor que não é o meu e que jamais deveria ser incorporado por qualquer atleta, principalmente, quando a serviço da pátria ou de seu clube de coração."

Na época em que largou a seleção, Daniele considerou sua atitude correta e chegou a dizer que "há males que vêm para o bem". Mas, o tom pacífico e a mudança radical do discurso da ginasta foram o resultado de um acordo celebrado entre o Flamengo e a CBG para que a atleta voltasse a atuar pela seleção.

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"Consciente, também estou de que os problemas quando acontecem precisam ser resolvidos através do diálogo entre as partes interessadas e de frente. Nunca através do abandono que é doloroso e não traz qualquer solução", relatou Daniele em outro trecho do documento.

"Espero ainda, voltar a ter oportunidade de oferecer ao meu país, toda a qualidade, a garra e a ambição de vencer que tantas vezes me levou ao topo e que quero poder voltar a dividir com meus companheiros de seleção brasileira, assim como tenho, ultimamente dividido com meus companheiros de Flamengo", completou.

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Daniele ainda reiterou estar à disposição da CBG para, se convocada, voltar a integrar a seleção permanente em Curitiba porque desde a sua saída da equipe tem treinado no Flamengo.

E como a atleta cumpriu sua parte no acordo o clube e a entidade, a supervisora da seleção também já amenizou seu discurso. "Agora a situação mudou bastante de figura, porque a Daniele reconheceu o erro, mas a indisciplina aconteceu e não morreu", destacou a supervisora da seleção. "Se ela tem vontade de voltar para seleção começou a agir corretamente ao reconhecer que errou. Vamos conversar com o Flamengo e ver o que é o melhor a fazer."