Com uma apresentação impecável, a ginasta brasileira Daiane dos Santos conquistou neste sábado a medalha de ouro da etapa de Stuttgart da Copa do Mundo de Ginástica Artística pela terceira vez. Como não teve tempo suficiente para ensaiar a nova coreografia – que terá a música "País Tropical", de Jorge Benjor – a gaúcha decidiu manter o chorinho "Brasileirinho" – de Waldir Azevedo e Pereira Costa – para suas apresentações em Stuttgart. A decisão se mostrou acertada.
Demonstrando completo domínio dos movimentos, a gaúcha marcou 9.450 pontos e terminou a prova em primeiro lugar. Daiane mantém, assim, a hegemonia na etapa alemã da Copa do Mundo. Ela foi ouro em 2003, ao som de "Por Los Rumberos", e também em 2004, já com "Brasileirinho".
A medalha de prata na prova deste sábado ficou com a francesa Kathleen Lindor, que conseguiu 9.137 pontos. O bronze foi para a britânica Imogen Cairns, que marcou 9.062. A brasileira Laís Souza – que chegou para a prova com seis medalhas na temporada – foi muito bem e ficou muito perto do pódio. Terminou em quarto, com a nota 8.900. Laís volta a competir neste domingo, com chances de medalha no salto.
Com a vitória deste sábado, Daiane chega ao quinto ouro consecutivo em competições internacionais, todas na prova de solo. A brasileira venceu Universíade de Izmir, na Turquia (agosto de 2005); as etapas de São Paulo (abril de 2005) e Paris (maio de 2005) e Birmingham (dezembro de 2004) da Copa do Mundo.
A ginasta gaúcha disse ter ficado surpresa com a vitória já que pensava em usar a etapa alemã como uma preparação de luxo para o Campeonato Mundial de Melbourne, na Austrália, que será realizado de 21 a 27 de novembro.
Daiane preferiu continuar com "Brasileirinho" até o fim do ano, embora já tenha escolhido "País Tropical" para a próxima coreografia. "Os arranjos do novo tema ainda não estão prontos. E a coreografia também precisa ser ajustada, como o tempo para a respiração. Por isso, preferimos disputar Stuttgart e o Mundial com ‘Brasileirinho’, um trabalho muito mais amadurecido", explicou a ginasta.
Daiane garantiu não sentir mais as dores nos joelhos que tanto a atormentaram ultimamente. "Fisicamente, está tudo normal. Continuo fazendo fisioterapia diariamente mais para prevenir lesões."
Barras
Nas barras paralelas assimétricas, prova que não é sua especialidade, Daiane até que foi bem; marcou 9.337 pontos e fechou em sétimo lugar. A prova teve dobradinha chinesa. Zhuoru Zhou ficou com a medalha de ouro ao marcar 9.650 pontos e Lu Huang Chi ganhou a prata, com 9.562. A medalha de bronze ficou com a russa Polina Miller, que conseguiu 9.537.