Dados apontam que governo Lula investiu menos em estradas que o de FHC

O governo Lula investiu nas estradas brasileiras cerca de 10% menos que a gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). De acordo com dados do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), tanto petistas quanto tucanos tiveram um desempenho pífio na manutenção das rodovias federais e estaduais, o que ajuda a explicar o péssimo estado do sistema de transporte rodoviário no Brasil.

Entre 2003 e setembro de 2006, o presidente Lula aplicou efetivamente R$ 8,31 bilhão na manutenção das estradas e nos chamados corredores de exportação, compostos por rodovias que atravessam regiões do país, como a BR-101. Em média, isso representa um investimento em transporte rodoviário da ordem de R$ 2,1 bilhões ao ano – metade do que especialistas consideram necessário.

Já o governo FHC gastou R$ 9,23 bilhões, em valores atualizados, entre 1999 e 2002. A média equivale a R$ 2,3 bilhões anuais. O mesmo critério de atualização foi adotado para o período do governo Lula, usando-se o IPCA médio de cada ano como parâmetro para a conversão dos valores históricos em valores comparáveis.

Apesar de perder na média, a gestão petista registrou em 2005 o maior volume anual de investimentos desde 1999 – R$ 2,7 bilhões. Mas também é do governo Lula o menor investimento do período, em 2003, com R$ 1,15 bilhão. Além disso, o governo Lula tem autorizado muito mais investimentos do que efetivamente paga. Técnicos da área econômica atribuem essa situação às restrições fiscais enfrentadas pelo governo, mas argumentam que a qualidade dos investimentos tem melhorado com a priorização de projetos com retorno para a economia.

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