Rio – A forte alta das ações da Varig nos últimos dias despertou a atenção da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A autarquia confirmou que irá analisar a movimentação dos papéis, que vêm apresentando uma variação de preço e um volume de negócios muito acima da média histórica. Hoje (4), as ações preferenciais da companhia subiam 70,2% na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), para R$ 7,10, com volume financeiro de R$ 78,2 milhões. A média histórica de movimentação do papel é inferior a R$ 100 mil diários. A alta acumulada pelo papel em apenas três pregões de maio já chega a 358%.

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Os papéis ganharam fôlego às véspera da criação do Fundo de Investimento em Participações (FIP), que será formado pelas ações da Fundação Ruben Berta (FRB), que foi batizado de FIP-Controle. Hoje, a CVM comunicou a Justiça que desobrigou a Fundação da apresentação de um laudo de avaliação elaborado por uma empresa especializada, como determina as regras. Em ofício encaminhado ao juiz Luiz Roberto Ayoub, da 8ª Vara Empresarial, responsável pelo processo de recuperação judicial da Varig, a autarquia permitiu que a escolha do critério de avaliação fique a cargo da fundação.

Com 87% do capital da Varig, a FRB após a criação do fundo perderá o controle sobre a empresa, sendo apenas cotista do fundo FIP-Controle. No ofício, a autarquia destaca que a permissão da escolha do critério de avaliação não exclui a obrigação da empresa de publicar as demonstrações financeiras pendentes, como determina o artigo 176 da Lei das S/As. A expectativa é de que a criação do FIP Controle seja aprovada já na assembléia da segunda-feira.

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