CVM absolve Quércia e Fleury no caso Banespa

Paulo Luiz Antônio Fleury Filho e Orestes Quércia no inquérito administrativo aberto para apurar suspeitas de negligência na administração do Banespa entre 1990 e 1994, que resultaram na intervenção da instituição pelo Banco Central. A autarquia não identificou irregularidades nas operações aprovadas por Fleury e Quércia.

Já o atual secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Júlio Sérgio Gomes de Almeida, foi inabilitado por três anos. O executivo, que ocupou a vice-presidência do Banespa, participou de reuniões nas quais foram aprovadas operações de financiamento a empresas fora do padrão de exigência estabelecido pelo departamento técnico do banco.

Gomes de Almeida já está desde o final de 2004 inabilitado para ocupar cargos de administrador de companhias abertas também em função de inquérito aberto pelo Banco Central para investigar irregularidades na gestão do Banespa.

Entre as operações investigadas pela CVM está a renovação de uma linha de crédito para a Vasp, empresa que, assim como o banco, tinha como principal acionista controlador o governo de São Paulo. O empréstimo foi aprovado apesar de a companhia ter um saldo devedor junto à instituição de cerca de US$ 200 milhões.

O relator do inquérito, o diretor da CVM Wladimir Castelo Branco destacou em seu voto que a renovação da linha de crédito foi feita sem qualquer avaliação da área técnica do Banespa. "O comportamento não foi o mesmo adotado para a análise das outras empresas", afirmou. Segundo a autarquia, Quércia e Fleury não participaram diretamente da operação. Dos 102 indiciados no processo, a CVM inabilitou 51 pessoas.

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