CUT propõe taxação de patrimônio para bancar aumento do mínimo

O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), João Antonio Felício, disse, nesta segunda-feira, que a Comissão do Trabalho do Ministério do Trabalho estuda uma proposta da central sindical, de taxar em 1,5%, em uma única vez as 300 mil famílias brasileiras que têm patrimônio acima de R$ 2,4 milhões.

Esse imposto financiaria um Fundo de Solidariedade, de onde seriam retirados os recursos necessários para propiciar aumentos reais anuais de 8,9% ao salário mínimo até 2012. "Trata-se de um período de transição, até que se crie uma política que evite as discussões anuais sobre o ajuste do salário mínimo, além de elevar, de fato, a renda do trabalhador."

A comissão do Ministério do Trabalho, segundo Felício, trabalha com esta proposta dentro dos estudos da Lei Orçamentária para a fixação do valor do mínimo no ano que vem. O grupo é formado por sindicalistas, empresários e representantes do governo. A idéia da taxação do patrimônio acima de R$ 2,4 milhões foi desenvolvida na CUT sob a gestão de Luiz Marinho, atual ministro do Trabalho.

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