A Central Única dos Trabalhadores (CUT) lamentou a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), que elevou a Selic, taxa básica de juros, de 16,75% para 17,25%. Em nota assinada por seu presidente, Luiz Marinho, a entidade sindical considera o Copom conservador e critica a "triste repetição" do aumento da taxa.

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Segundo Marinho, o colegiado é insensível aos setores produtivos da economia, incapaz de apostar em mecanismos diferentes para o controle da inflação, que inibe o crescimento do nível de emprego. "Esta receita segue injetando fermento no bolo de um único setor, o sistema financeiro, enquanto a sociedade continua esperando pelo desenvolvimento com oferta de empregos e com distribuição de renda", alerta o dirigente sindical.

Na avaliação da Central, para que o Copom dê um rumo diferente às suas decisões mensais, ele deveria ser gerenciado a partir de orientação do órgão normativo máximo do sistema financeiro, o Conselho Monetário Nacional. Este, por sua vez, precisaria ter outra configuração, sendo aberto à participação dos setores representativos da economia e dos trabalhadores. Com isso, a entidade acredita que as decisões que afetam a vida de todos os cidadãos levariam em conta a necessidade de o País crescer com igualdade.

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