Custo de vida cresce em São Paulo e Rio de Janeiro

São Paulo e Rio de Janeiro disparam no ranking das cidades mais caras do mundo elaborado pelo banco UBS. Em 2005, São Paulo era apenas a 51ª cidade mais cara do mundo. Neste ano, a capital paulista já ocupa a 42ª posição entre as 71 cidades analisadas. De acordo com o UBS, as cidades mais caras são Oslo (Noruega), Londres (Inglaterra) e Copenhague (Dinamarca). Já as cidades onde o custo de vida é menor são Buenos Aires, Mumbai (Índia) e Kuala Lumpur (Malásia). O Rio de Janeiro ocupa a 43ª posição.

As duas metrópoles brasileiras foram as cidades que mais subiram no ranking entre 2005 e 2006. Segundo Simone Hofer, editora do estudo, a valorização do real foi uma das razões para essa mudança de posição na classificação. De acordo com o UBS, o fortalecimento da moeda brasileira foi uma das maiores entre as moedas avaliadas pelo banco e chegou a 60%. "Isso contribuiu para que as cidades brasileiras subissem no ranking", explicou.

Os gastos de cada cidadão, além de seus salários, são transformados em dólares pelos pesquisadores para que possam ser comparados com a realidade das demais cidades analisadas. A estimativa feita com base em 14 profissões mostra que a média salarial é de US$ 5,60 por hora trabalhada em São Paulo, contra US$ 4,20 no Rio. O pagamento é maior que os US$ 2,00 de salários em Pequim e dos US$ 1,40 de Nova Deli. Mas a renda gerada por essas profissões no Brasil está longe dos salários de US$ 26,90 por hora em Copenhague ou US$ 25,20 em Genebra.

Com tal disparidade de salários, os dados do UBS mostram que o poder de compra fica comprometido para parte da população das duas metrópoles brasileiras. O UBS usou como padrão para comparar o poder de compra da população o preço de um sanduíche Big Mac. A média mundial é de que um trabalhador necessite de 35 minutos de seu trabalho para comprar o produto. Mas as diferenças são gigantescas entre os países pobres e ricos.

Em Nairóbi, no Quênia, são necessárias uma hora e meia de um salário para comprar um Big Mac. Nos Estados Unidos, com apenas 13 minutos de trabalho pode-se comprar o sanduíche. Já em São Paulo, são necessários 38 minutos, acima da média mundial. No Rio de Janeiro, o produto custa quase uma hora do salário de um trabalhador.

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