A Secretaria Municipal de Defesa Social entregou nesta quinta-feira (17) 446 certificados de participação no projeto Escola Participativa: Construindo Segurança. O projeto é resultado de um convênio entre a Prefeitura de Curitiba, que cedeu espaço e equipamento de apoio em 18 escolas municipais, e o Instituto de Defesa dos Direitos Humanos (IDDEHA), cujos educadores trabalharam na capacitação de servidores e pessoas da comunidade. "Hoje, não se resolve nenhum problema no município sem a participação da comunidade e esse é um projeto que viabiliza esse diálogo", afirmou o superintendente da Secretaria de Defesa Social, René Witek.
O projeto teve a duração de três meses e tem como fundamento a disseminação da cultura da paz. Uma vez por semana, grupos de representantes da comunidade, professores, diretores de escola, pais de alunos e servidores reuniram-se por quatro horas. Segundo Yeda Nichetti, coordenadora de projetos do IDDEHA, o curso tem uma fase inicial que trabalha aspectos ligados à auto-estima e à transmissão de valores éticos e morais. A seguir, são discutidos temas referentes à Constituição Federal, Declaração Universal de Direitos do Homem, Estatuto da Criança e do Adolescente, legislação, políticas públicas e orçamento. Por fim, o grupo faz um diagnóstico da comunidade, estabelece prioridades e elabora projetos.
Como resultado prático, os 18 grupos produziram projetos para melhoria de postos de saúde, limpeza de rios, ampliação de escolas, construção de praças e quadras de esporte. "As pessoas aprendem a valorizar o seu papel dentro da comunidade e a fazer parcerias com os setores privado e público para resolver os problemas do bairro", disse Yeda.
Neusa Borges, diretora da Escola Municipal Sobral Pinto, no bairro Sítio Cercado, comentou que os encontros contaram com dinâmicas de grupo que estimularam a participação de todos e, com isso, as faltas eram raras. "Ao final do curso, encaminhamos um projeto para acabar com a falta de saneamento básico na Vila Osternack", afirmou.
Na Escola Municipal Rachel Mader Gonçalves, do bairro Uberaba, o projeto ajudou a aproximar a escola, que tem apenas dois anos, da comunidade. "Houve uma integração muito boa com pessoas e instituições que atuam no bairro", disse a diretora Sueli Aparecida Wolf. Como resultado, foram elaborados projetos de ciclo de palestras para os pais, atividades recreativas para as crianças e a organização de uma feira de artesanato, reunindo as associações de moradores.