Um curso está preparando novos classificadores de café em Londrina. É o 1º Curso Oficial de Classificação Física e Degustação de Café, uma promoção do governo estadual, através da Secretaria de Agricultura e Programa Paraná 12 Meses, e homologado pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. Participam 21 técnicos da iniciativa oficial e privada que depois de 360 horas e no mínimo 1.500 lotes degustados, estarão habilitados e credenciados em emitir laudos oficiais, necessários na comercialização da produção cafeeira. A previsão é de que o curso termine no final de abril.
O engenheiro agrônomo José Leonardo de Araújo é o instrutor oficial do curso, com 30 anos na atividade como técnico do extinto IBC iniciada em Maringá, hoje lotado no Departamento de Café do Ministério em Viçosa (MG). “O grupo paranaense que vai ser capacitado em classificação e degustação é o melhor que encontrei em aptidão sensorial, atributo necessário e utilizado como fator eliminatório durante os pré-exames das inscrições”, avaliou.
Segundo ele, a turma será habilitada em conhecer aquilo que está sendo produzido no Paraná e se tornará elemento importante na fase de comercialização da produção paranaense. Araújo lembra que o degustador pode identificar o que está ocorrendo na fase produtiva ou no processamento de pós-colheita, “e assim contribuir na solução direta do problema na propriedade cafeeira”. Por isso, a programação contempla teoria e “a maior parte do tempo do curso será destinada às práticas de classificação e degustação”.
Segundo Edison José Trento, da Emater, o esforço de implantar esse primeiro curso remonta um ano atrás, quando as parceiras contrataram um degustador para atuar no Centro de Degustação do Norte Pioneiro, comprovando a necessidade de profissionais do setor. Ele lembra que embora o Paraná tenha degustadores de capacitação comprovada, o atual modelo da cafeicultura paranaense exige mais profissionais para além de atendimentos dos futuros centros de degustação, atendam também as organizações formais e informais dos agricultores familiares na atividade cafeeira.