Curitiba sedia encontro para avaliar eliminação da hanseníase

A eliminação da hanseníase em todos os municípios considerados prioritários pelo Ministério da Saúde e a implementação e fortalecimento de ações básicas no combate à doença estão em discussão no II Encontro Macrorregional Sul-Sudeste para a Avaliação da Eliminação da Hanseníase. Médicos e técnicos de secretarias estaduais e municipais das regiões Sul, Sudeste, do estado de Goiás e do Distrito Federal participam desse encontro até sexta-feira (15).

Em todo o país, 30.693 pessoas estão em tratamento contra a hanseníase. A taxa de prevalência é de 1,7 caso para cada grupo de 10 mil habitantes. Na região Centro-Sul, as taxas mais preocupantes são de 3,62/10 mil em Goiás, 2,96/10 mil no Espírito Santo, 1,42/10 mil no Paraná e 1,32/10 mil no Distrito Federal.

A médica Sandra Petrus, técnica do Ministério da Saúde, disse na abertura da reunião preliminar para os representantes de 206 municípios prioritários, definidos por critérios epidemiológicos, com maiores índices de prevalência de hanseníase, que a meta do ministério para este ano é atingir a prevalência de um caso de hanseníase por 10 mil habitantes. O Programa Nacional de Eliminação da Hanseníase, explicou, conta com R$ 13,2 milhões para atuar no combate à doença.

De acordo com a médica, é preciso quebrar a cadeia de transmissão familiar e, para isso, estão sendo discutidas formas eficientes de atenção especial ao portador. O Programa Nacional de Eliminação da Hanseníase adota como principal estratégia a integração das ações de diagnóstico e tratamento da hanseníase. As equipes dos Programa Saúde da Família (PSF) e Agentes Comunitários de Saúde (ACS), e todas as unidades do SUS integram a rede de atendimento, a fim de facilitar o diagnóstico e o tratamento.

A doença tem cura e, se descoberta precocemente e tratada de maneira adequada, não deixa seqüelas, diz Sandra Petrus, para quem é preciso acabar com o preconceito que ainda existe sobre a hanseníase. "Assim que se inicia o tratamento, já nas primeiras aplicações dos medicamentos, não existe mais o perigo do contágio". Ela alerta que qualquer mancha clara e com perda de sensibilidade na pele deve ser considerada suspeita. A hanseníase é causada por um micróbio, o Mycobacterium leprae (bacilo de Hansen), que ataca a pele e os nervos, principalmente dos braços e das pernas.

A abertura oficial do encontro será amanhã (14), pela manhã, com a presença do diretor do Departamento de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde, Expedito Luna, e da coordenadora nacional do Programa de Hanseníase, Rosa Castalia.

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