Os 2.104 colégios da rede estadual de ensino estão preparados para recepcionar o cerca de 1 milhão estudantes que volta às aulas nesta quarta-feira (24), depois do recesso escolar, que estendeu-se entre os dias 08 e 23 de julho.
Nos colégios do Paraná, o segundo semestre letivo começa, de acordo com a Secretaria Estadual de Educação, com merenda ainda mais saudável, recepção aos intercambistas recém-chegados do programa de intercâmbio Ganhando o Mundo e novas tecnologias pedagógicas para fortalecer o aprendizado.
“Entendemos que uma série de ações implementadas na rede estadual no primeiro semestre letivo, algumas delas pela primeira vez, impactaram de forma positiva e importante a rotina dos estudantes. Por esse motivo, daremos continuidade às boas iniciativas já executadas e implementaremos outras, com novidades, principalmente em termos de aprendizado”, afirma o secretário estadual da Educação, Roni Miranda.
Arroz e feijão na merenda
Com a promessa de uma alimentação escolar cada vez mais saudável, neste segundo semestre de 2024, a rede estadual de ensino do Paraná dará seguimento à oferta de arroz e feijão orgânicos nas refeições dos alunos. A iniciativa, que estreou este ano no cardápio da rede, visa não apenas a promoção de hábitos alimentares saudáveis, mas também o apoio à agricultura familiar e sustentável. “No primeiro semestre, foram destinados R$ 37 milhões para a aquisição de alimentos de pequenos agricultores, dentro de um total de R$ 265 milhões investidos em todos os tipos de alimentos ofertados”, explicou Miranda.
Além do arroz e feijão orgânicos, no próximo semestre a alimentação escolar seguirá baseada em práticas cada vez mais saudáveis. A utilização de manteiga em vez de margarina, barrinhas e sucos de frutas sem açúcar, adoçados naturalmente com suco de maçã, são exemplos de mudanças que já estão em prática.
Intercâmbio
Recém-chegados ao Paraná, vindos diretamente da Nova Zelândia, Inglaterra, Canadá e Austrália, 950 alunos que participaram do Ganhando o Mundo no primeiro semestre de 2024, voltam à rotina em suas escolas de origem. Distribuídos por todas as regiões do Estado, os intercambistas passam a atuar, a partir do segundo semestre, como embaixadores do programa em seus colégios, compartilhando com suas comunidades escolares as experiências adquiridas no período de intercâmbio.
“Os recém chegados, agora com a visão ampliada do mundo, trazem consigo novas perspectivas, conhecimentos e experiências que podem enriquecer significativamente o ambiente educacional”, diz o secretário estadual da Educação. Entre as propostas aos novos embaixadores está a sugestão de soluções para a melhoria do clima escolar, atuação como aluno monitor, acompanhamento de colegas que necessitam de suporte escolar e formação de novos líderes entre pares.
“O embaixador não apenas desperta o interesse de outros estudantes pelo intercâmbio, mas também promove a valorização da diversidade e o fortalecimento dos laços culturais dentro da escola. Assim ele contribui para a criação de uma comunidade escolar mais inclusiva, dinâmica e globalmente conectada”, reforça Roni Miranda.
Inteligência artificial
Com capacidade de personalizar o aprendizado e adaptar os conteúdos às necessidades individuais dos alunos, a Inteligência Artificial vem sendo utilizada como ferramenta aliada à educação em escolas e entidades educacionais ao redor do globo. Ferramentas como tutores virtuais e plataformas de aprendizado adaptativo são integradas ao currículo escolar. A educação da rede estadual não fica de fora deste movimento.
Com recursos que possibilitam aos professores a criação de material didático 100% autoral, a plataforma Desafio Paraná também esteve entre os destaques da Educação no primeiro semestre, demonstrando que as atividades a serem realizadas pelos alunos podem ser não somente dinâmicas como personalizadas. Uma delas, a Quizzis IA, que estreou neste ano na rede de ensino, possibilita ao professor elaborar testes com diversas questões relativas a qualquer tema abordado em sala, por meio de Inteligência Artificial.
Outra novidade foi a plataforma Khan Migo, extensão da ferramenta Khan Academy, já utilizada na rede de ensino. Em fase piloto na rede estadual de ensino, a ferramenta lança mão da Inteligência Artificial como “professor auxiliar” na resolução dos exercícios matemáticos propostos no aplicativo. Para o segundo semestre, a expectativa é que ambas as plataformas sejam definitivamente incorporadas à rotina nas escolas.
“O que temos observado é que, por meio da implementação da IA como ferramenta auxiliar à educação, importantes enriquecimentos do processo educacional podem ser alcançados, por meio do suporte individualizado, resposta de dúvidas em tempo real e adaptação de estratégias de ensino às necessidades específicas de cada aluno”, afirma Roni Miranda.
“A incorporação definitiva dessas tecnologias pode promover um ensino mais personalizado e eficaz, permitindo que os alunos avancem no seu próprio ritmo e recebam suporte imediato conforme necessário”, disse o secretário. “Além disso, os professores terão ferramentas mais sofisticadas para acompanhar o progresso dos alunos, identificar áreas de dificuldade e adaptar suas abordagens pedagógicas, resultando em um processo educacional mais rico e inclusivo”.