Fique esperto.

Você é viciado em celular? Se disser “sim” para uma destas três perguntas…

Pixabay

… você tem um problema. O celular se tornou onipresente em nossas vidas. É difícil imaginar outro cenário se levarmos em conta que o aparelho substitui, de uma só vez, uma série de objetos que há poucos anos faziam parte do nosso cotidiano: relógio, calculadora, despertador, agenda, câmera fotográfica, laptop, rádio, mapa, espelho, televisão e por aí vai, além de funções como movimentações financeiras e a solicitação de serviços de transporte ou entrega de alimentos.

No entanto, todos estamos conscientes do risco de dependência a que estamos sujeitos com esse regime de uso do aparelho. A pergunta é: será que eu mesmo devo me preocupar e me considerar viciado na telinha?

O psicólogo Cauan Esplugues Silva listou para o Sempre Família três aspectos que podem configurar uso excessivo de celular:

1) Quando o uso intensivo leva ao afastamento de relações de carne e osso e a socialização fica comprometida;

2) Quando o uso intensivo traz riscos à saúde física, seja pela diminuição do tempo de sono, seja pela distração durante a direção;

3) Quando o uso intensivo gera efeitos psicológicos que se fazem sentir, como irritabilidade e ansiedade nas situações em que não se pode utilizá-lo e a fixação por verificar notificações.

Se você se encaixa em pelo menos uma dessas situações, fique de olho e procure tomar alguma medida. Às vezes, o vício no smartphone pode ser a ponta do iceberg de alguma outra questão mal solucionada em nossa vida.

“Todo vício ou dependência possui um fundo emocional. Os excessos evidenciam questões psicológicas diversas”, explica Silva. “Pode ser percebida, por exemplo, a necessidade excessiva do uso do celular na comunicação interpessoal por alguém com dificuldade em se relacionar presencialmente”.

Uma vez tomada a decisão de reduzir o uso do celular, o próprio aparelho pode ser um aliado. Há vários aplicativos que têm como objetivo controlar o nosso contato com a telinha, quer desabilitando funções, quer simplesmente fornecendo dados que nos ajudam a entender o que exatamente está nos prejudicando.

Aplicativos como aliados

Moment, por exemplo, gera gráficos que mostram em quais aplicativos você gasta mais tempo. Já o Flipd exibe uma contagem regressiva e avisa sobre o uso excessivo do celular. O Siempo, por sua vez, é mais drástico: com ele, você precisa digitar o aplicativo que deseja usar assim que desbloqueia a tela, exercitando o seu foco no uso do aparelho.

“Outra estratégia possível é evitar a utilização do celular nas tarefas que não requerem o seu uso, como atividades físicas, ou criar pequenos desafios diários – tomar café da manhã sem usá-lo, por exemplo”, sugere o psicólogo. “Além disso, também pode ser útil desligar o aparelho ou evitar que esteja ao alcance das mãos em atividades que requerem atenção constante”. Se nada disso surtir efeito, não hesite em procurar a ajuda de um profissional da área da psicologia para entender o que está acontecendo e encontrar uma saída.

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