Sete pessoas sofreram abusos sexuais por parte do técnico de enfermagem Wesley da Silva Ferreira, dentro de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Curitiba. Dessas vítimas, cinco já foram identificadas pela Polícia Civil do Paraná (PCPR).
Segundo a PCPR, a investigação segue ocorrendo com diligências a fim de identificar e localizar as outras duas vítimas. Além da identificação, a Polícia Civil localizou nos armários que o investigado utilizava em seus locais de trabalho, medicamentos que haviam sido furtados por ele.
O técnico de enfermagem está preso, e pode responder por estupro de vulneráveis, furto, adulteração de medicamentos e perigo de contágio por moléstia grave. A punição para estres crimes pode resultar em até 70 anos de prisão.
Relembre o caso
O técnico de enfermagem Wesley da Silva Ferreira, 25 anos, foi preso pela Polícia Civil (PCPR) no fim de outubro, suspeito de abusar sexualmente de pacientes na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Cidade Industrial de Curitiba (CIC). O rapaz ainda trabalhava no Hospital Pequeno Príncipe (HPP), maior instituição exclusivamente pediátrica da América Latina. Em depoimento, o rapaz confirmou ser portador do vírus HIV.
O caso foi descoberto pela polícia após denúncia do namorado de Wesley, que teve acesso a gravações armazenadas no celular do técnico de enfermagem. Em um dos vídeos, Wesley vai até a cama de um paciente, sobe o lençol e começa a tocar nas partes íntimas da vítima que estava internada na UPA. Para a polícia, ele disse que filmava os atos porque “tinha vontade”.
“Todos eles estavam em estado de sedação, alguns totalmente inconscientes e outros ainda se mexiam um pouco. Mas dá para ver que eles não tinham nenhuma reação relacionada a tentar impedir aquele ato. Eles não tinham condições de impedir “, relatou a delegada Aline Manzatto.
Após as denúncias, o técnico de enfermagem foi demitido da prefeitura de Curitiba, onde foi admitido por processo seletivo em novembro de 2023. O Hospital Pequeno Príncipe (HPP), onde Wesley também fazia plantões, informou que nunca recebeu reclamações sobre a conduta do técnico no Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC) ou advertência do Setor de Recursos Humanos.