Violência

Vítima de atirador em posto de gasolina de Curitiba diz que se fingiu de morta para sobreviver

Câmera de segurança flagrou momentos de terror dentro do posto de combustíveis em Curitiba.
Foto: Reprodução.

Fingir-se de morta foi a única alternativa encontrada pela advogada Milena Christie Brotto para escapar com vida dos tiros disparados feitos pelo policial federal Ronaldo Massuia, dentro da loja de conveniências de um posto de gasolina, em Curitiba, no feriado de 1º de Maio. O policial federal disparou contra quatro pessoas após discutir no estabelecimento. Massuia estava com a viatura de trabalho no momento da ocorrência. Três pessoas ficaram feridas e o namorado de Milena Christie, o fotógrafo André Muniz Fritoli, morreu.

O casal havia ido ao posto de gasolina na volta de um show. O fotógrafo queria comer e, segundo a Milena Christie, ele adorava o sanduíche servido na loja de conveniências do posto de gasolina. Os dois estavam na varanda do estabelecimento quando os disparos começaram. “Ele adorava aquele sanduíche. Ele comia lá toda a semana. A gente escutou os tiros. Eu escutei, escutei… Eram muitos tiros e era muito alto. O André me abraça, assim… A gente está abaixado. E, aí, nisso que ele começa a atirar”, disse a advogada do jornal Meio Dia Paraná, da RPC, em reportagem especial.

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Ainda segundo ela, o namorado chegou a tossir quando o atirador retornou para a varanda do posto. Um dos vídeos de câmeras de segurança mostra Ronaldo Massuia saindo da loja pela porta da frente, depois de efetuar os disparos, mas depois o policial federal reaparece tentando pular a jardineira da loja. Ele se desequilibra e cai. É neste momento que a advogada se finge de morta, atrás do namorado. “Poxa, se ele ver que eu estou viva ou se eu gritar, também, ele atira em mim. Fingi de morta meio atrás do André e, nisso, o André começa a tossir muito. Eu achava que ele estava tossindo, mas com certeza já estava agonizando”, contou a Milena Christie.

Segundo a Polícia Militar, a confusão começou depois que o policial federal estacionou o carro em um local não permitido. Houve uma briga entre o atirador e outras pessoas, incluindo um segurança do posto, em seguida ocorreram os disparos. O policial apresentava sinais de embriaguez, o que não foi confirmado oficialmente. Além do fotógrafo André Fritoli que morreu na ambulância, outras três foram encaminhadas ao hospital. Foram cerca de dez tiros disparados na loja de conveniência.

Um delegado da Polícia Federal acompanha o caso, que está sendo investigado também pela Polícia Civil. O policial federal envolvido no tiroteio está preso.

“Esse homem não pode ficar na rua. E ninguém merece passar pelo que a gente está passando. E muito menos morrer da forma que o André foi morto”, finalizou a Milena Christie à RPC.

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