Os dados do Disque Denúncia 181 apontou que entre janeiro e junho deste ano, houve um aumento de 24% no número de denúncias de violência contra idosos em Curitiba. Em todo o estado, foram registradas 719 denúncias, com alta de 28% em relação ao mesmo período do ano passado. Na capital, 256 denúncias foram feitas neste primeiro semestre, 50 a mais que no mesmo período de 2019.
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Para o coordenador do Disque Denúncia 181, capitão André Henrique Soares, a pandemia fez com os casos de violência contra idosos ficasse mais evidente, já que as pessoas estão mais no ambiente familiar. “Pelo anonimato, a população estão confiando cada vez mais no serviço do 181 e adquirindo consciência de que a denúncia deve ser feita, até porque é lei, é dever de todos zelar pela dignidade do idoso”, ressaltou.
Na visão do capitão, é importante que vizinhos, familiares e amigos estejam sempre atentos para evitar esse tipo de crime. “Muitas vezes, o idoso não tem condições de fazer a denúncia, seja por questões físicas, ou por querer preservar a família, que é quem geralmente comete o crime”, explica.
De acordo com o secretário de Segurança Pública, Romulo Marinho Soares, é muito importante que a polícia receba informações sobre a ocorrência dos crimes. “Infelizmente, sabemos que a violência ocorre, mas precisamos que as pessoas denunciem para colaborar com os trabalhos de inteligência e investigação já feitos pelas polícias”, salienta o secretário. Soares também ressaltou que o serviço 181 é completamente anônimo e está aí justamente para ser usado.
Atento aos sinais
Marcas de agressão física, brigas e estado emocional abalado do idoso são sinais de que devem ser observados, mas não só isso. De acordo com o capitão, é preciso estar atento se o idoso está em situação de abandono, sem receber visitas, ou que elas apareçam somente uma vez por mês, normalmente no período em que ele recebe o pagamento, por exemplo.
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Como fazer a denúncia
Ao ligar para o Disque Denúncia 181, a pessoa que faz a denúncia não será identificada, nem terá seu número identificado. Após repassar todas as informações, o denunciante é direcionado a vários órgãos. “Coletamos os dados, processamos todas as denúncias e repassamos a quem vai averiguar e responsabilizar”, explicou o coordenador do 181.
No caso de violência contra o idoso, os dados são direcionados para a Secretaria da Justiça, Família e Trabalho. A pessoa não pode esquecer de anotar, em local seguro, o número da denúncia e o do Protocolo de Acompanhamento. Estes dados serão usados posteriormente para que a pessoa possa acompanhar o andamento da denúncia.