Um pai foi vingar a morte de um filho e viu o outro ser morto, no Tatuquara. Na noite de domingo, Odenir Portes de Barros, 43 anos, e Claudemir José Gumiero, 17, foram até a Terra Santa, para acertar as contas com os homens que mataram o adolescente Anderson Arruda, 15, há duas semanas.
Porém, os marginais se anteciparam e balearam pai e filho, na esquina da Rua da Paz com a Rua das Bananeiras. Claudemir levou três tiros e morreu na hora. Odenir, baleado no peito e no braço, foi encaminhado ao Hospital do Trabalhador, onde não resistiu aos ferimentos e morreu ontem, às 11h.
Átila Alberti |
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Odenir não resistiu a balaço. |
Odenir, a mulher e os dois filhos – Anderson e Claudemir – viviam no Tatuquara até duas semanas atrás. De acordo com comentários de moradores locais, o pai e o filho mais velho, que seriam usuários de drogas, aterrorizavam na região.
Na noite de 14 de maio, o homem, acompanhado de Anderson, se desentendeu com um grupo de cinco pessoas. O pai brigou com o bando e sobrou para o adolescente, que, na confusão, foi morto a facadas. Depois disso, Odenir e Claudemir foram morar em Fazenda Rio Grande e a mãe, em Mandirituba.
Promessa
Na noite de domingo, pai e filho voltaram à vila para vingar o assassinato de Anderson. A confusão já era esperada, uma vez que, após a morte do adolescente, Odenir teria prometido vingança. Segundo testemunhas, o pai, debruçado no corpo do filho, teria dito: “Por você eu vou atrás deles, meu filho”.
A Delegacia de Homicídios, que já tem pistas dos autores, investiga se os homens que mataram Claudemir seriam os mesmos que se envolveram no assassinato de Anderson.