O marceneiro Sidnei Lisboa, 34 anos, quis aproveitar bem a licença que recebeu para passar o fim de semana fora do presídio. Comprou carne para a madrinha cozinhar pra ele, foi visitar a mulher e até foi beber o vinho que gosta. Mas acabou morto a tiro pouco antes das 21h30 de sexta-feira na Rua Frederico Mueller, no Campo Comprido, bem em frente ao boteco onde foi comprar a bebida. A família não descarta que seja vingança pelo homicídio que ele cometeu há 10 anos.

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De acordo com a Polícia Militar, Sidnei se aproximava da distribuidora de bebidas, onde ia comprar o vinho, quando foi morto com um tiro na cabeça. Acredita-se que tenha sido um tiro de revólver, já que não foram encontrados cápsulas (características de pistolas) no chão. O rapaz caiu morto na calçada, em frente à residência vizinha à distribuidora. As pessoas que estavam no comércio disseram à PM que não presenciaram o crime, pois estavam para dentro da loja. Na rua, se havia testemunhas, ninguém apareceu para contar o que viu.

Um dos oito irmãos da família, Claudemir Lisboa, contou que Sidnei cometeu um homicídio há 10 anos do outro lado do Campo Comprido, no Jardim Buriti. Foi condenado a 15 anos de prisão, pagou quatro no regime fechado e há algum tempo cumpria a condenação no regime semi-aberto, na Colônia Penal Agroindustrial (CPA). Familiares dele não deram detalhes, mas suspeitam que possa ser uma vingança por este crime.

Às 16h de ontem, Sidnei saiu de portaria (licença para sair da cadeia e passar uns dias com a família) da CPA, onde trabalhava como marceneiro e recebia um salário. Visitou a madrinha, comprou a carne, a deixou na casa da madrinha para cozinhar e ia visitar a mulher, com quem tem cinco filhos, quando parou para comprar o vinho. A Delegacia de Homicídios deve procurar e analisar o antigo inquérito, no qual Sidnei é acusado de homicídio, para verificar se tem relação com a morte do presidiário.

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