Um professor da rede estadual de ensino do Paraná usou uma aula de inglês para defender o projeto de controle da mídia do ex-presidente Lula. Em um vídeo gravado por um estudante (veja abaixo) que circula nas redes sociais, o professor, que também é jornalista, diz que o controle da informação seria uma “coisa boa” e que “não é nada de comunismo”. Nas imagens, o docente ainda fala do presidente Jair Bolsonaro que, segundo ele, incentivaria a violência, além de ser “racista, preconceituoso, misógino, homofóbico”. A Secretaria de Estado da Educação do Paraná está investigando o caso.

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O vídeo foi feito por um aluno de um colégio do município de Colombo, Região Metropolitana de Curitiba. Nele, o professor, que atua há dois anos na rede pública, aparece em primeiro plano, pedindo atenção dos alunos, que estão falando e fazendo barulho. “Atenção que isso é importante. Sabem qual é o controle da informação que o Lula quer? Hoje no máximo quatro famílias detêm os meios de comunicação. O controle é esse. Tira dessas famílias e democratiza. Você quer ter um meio de comunicação online, virtual, tudo bem, mas vamos então vamos dividir a fatia do bolo, então é uma coisa boa”, diz o docente.

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Na sequência, o professor ainda insiste que o projeto de Lula “não é controlar a informação, embora ela tenha de ser controlada, discurso de ódio também [tem de ser controlado], mas não é nada de comunismo que é o que os bolsonaristas começaram a fazer. O controlar a informação é isso”.

Um aluno tenta contrapor o professor, dizendo que já existem leis que controlam o que pode ser dito, e cita como exemplo o fato de não se poder xingar presidente “de isso ou aquilo”. A partir da menção ao presidente, o professor se exalta e diz que “Bolsonaro incentiva a violência; Bolsonaro é racista, preconceituoso, misógino, homofóbico, e fala de Deus, usando o nome de Deus em vão, ele não tem moral. Primeiro ele tem que resolver a sua sexualidade, entendeu? Ele é um homossexual que não se assume”.  No final da gravação, o professor ainda diz que o presidente “não é cristão”. Também é possível ouvir um aluno dizendo “vou denunciar o senhor”.

Segundo a Secretaria de Estado da Educação do Paraná (SEED), o caso já está sendo apurado. “De antemão, está claro que há uma série de falas do professor que não condizem com a boa prática profissional. Com a apuração dos fatos em mãos, a secretaria vai tomar as medidas práticas sobre o caso. Mas isso será conduzido internamente porque é um assunto interno da escola. A secretaria tem como praxe não dar visibilidade a investigações internas porque isso pode atrapalhar o andamento do caso e violar as boas práticas da justiça”, informou a SEED.

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