A Polícia Civil do Paraná (PCPR) divulgou nesta quinta-feira (06) imagens de uma câmera de monitoramento que mostram o suspeito de matar o jornalista Cristiano Freitas, de 48 anos, entrando e saindo da casa da vítima, em Curitiba. O suspeito do crime, um homem de 27 anos, foi preso na manhã desta quinta.
Cristiano foi encontrado morto na própria residência na última terça-feira (04), no bairro Jardim das Américas. O corpo foi encontrado por um dos vizinhos da vítima, que estranhou ver o portão da casa aberto.
Segundo informações da delegada Magda Hofstaetter, o jornalista foi encontrado amarrado e amordaçado, com ferimentos no pescoço. Já no primeiro dia da investigação, a polícia sabia que o suspeito havia entrado na residência a convite da vítima, pois não existiam sinais de arrombamento.
Nos vídeos divulgados nesta quinta, é possível ver um HB20 na cor prata entrando às 13h49 na casa e saindo do local às 14 horas. Assista:
Suspeito de matar jornalista em Curitiba pode ter participado de outros crimes
Nesta quinta, a PCPR também divulgou que o homem detido pela morte de Cristiano pode ter participado de outros seis crimes de roubo e extorsão. O suspeito marcava encontros com outros homens por um aplicativo e exigia um pagamento além do combinado com ameaças, inclusive com uso de arma de fogo para que as vítimas efetuassem transações via pix.
O homem preso estava em um flat próximo ao Viaduto do Capanema e levado para a Delegacia de Furtos e Roubos.
>> Defesa de Jonathan nega latrocínio e cita “discussão acalorada” com jornalista
Suspeito ficou em silêncio durante interrogatório
Em coletiva de imprensa realizada na tarde desta quinta, os delegados Ivo Viana, Fernando Zamoner e João Marcelo Renk falaram sobre o crime. Viana informou que o inquérito ainda está no início e que a PCPR está confirmado algumas informações. No entanto, ele reforçou que o homem detido nesta quinta é considerado o principal suspeito do crime.
O delegado confirmou que o suspeito foi interrogado, mas permaneceu em silêncio. “Hoje, no início da manhã, esse individuo acabou sendo preso pela Delegacia de Furtos e Roubos porque contra ele existia um mandado de prisão atrelado a uma investigação lá da Delegacia de Furtos e Roubos”, disse Viana.
A polícia também relatou que o suspeito atuava como profissional do sexo e que ele e a vítima teriam conversado por WhatsApp e marcado um encontro. “Agora os detalhes do que aconteceu dentro da casa da vítima a gente não sabe porque aparentemente estavam os dois ali, ele não falou nada durante o interrogatório. A gente vai tentar descobrir através de outros elementos”.
O computador da vítima foi recolhido e ainda passa por perícia, assim como outros laudos necessários para seguir com a investigação.
