Os advogados que representam a família da aposentada Lourdes Machicado Quisbert, 72 anos, que morreu após ser atropelada por um ônibus no Terminal do Sítio Cercado, em Curitiba, divulgaram as imagens do exato momento em que o coletivo atinge a idosa. O acidente aconteceu no último dia 14 de julho e vitimou Lourdes, que atravessava a rua na faixa de pedestres.

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As imagens são esclarecedoras e contrariam a versão de uma testemunha, que afirmava ter visto a senhora lendo um livro ou mexendo no celular na hora de atravessar a rua. “Isso ficou provado que não aconteceu. As câmeras mostram que ela saiu do terminal e foi em direção à faixa de pedestres. Olhou para o lado, viu que não vinha ninguém e atravessou. Quando ela começou a atravessar o ônibus avançou, logo depois de deixar um passageiro em local irregular”, explicou o advogado Rodrigo Cunha, um dos representantes da família.

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Segundo o advogado, as imagens mostram que o motorista que, segundo o direito, o motorista estava distraído e não teve “dever de cuidado”, vindo a atropelar a idosa. Por isso, pede que o Ministério Público denuncie o motorista por homicídio culposo. “Estamos aguardando o relatório da autoridade policial para que o inquérito vá ao Ministério Público e que seja observada a possibilidade de denunciar o motorista por homicídio culposo (quando não há intenção de matar). São dois agravantes: ele é motorista profissional e atropelou na faixa de pedestres”, disse o advogado.

Segundo Rodrigo Cunha, o motorista se distraiu. “Sabemos que pela legislação de trânsito ele pode ser condenado apenas a detenção, não prisão, de 2 a 4 anos. Sabemos que ele não vai preso e não tinha intenção de matar, mas estava distraído, conversando com outro motorista/cobrador, que inclusive formou um ponto cego para o motorista. que não viu a dona Lourdes atravessando legalmente na faixa”.

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Na parte cívil, certamente iremos buscar os direitos da família e uma indenização para amenizar o sofrimento dos familiares. “Depois que a família viu a imagem, eles ficaram consternados, desolados. A revolta é maior ainda porque ninguém da empresa sequer procurou a família para prestar condolências ou pedir desculpas”, concluiu o advogado, que reclamou ainda da demora por parte da URBS em enviar as imagens juntadas no inquérito.


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