Um novo capítulo nas investigações do crime cometido por Ellen Homiak, que teria confessado o assassinato do marido Rodrigo Federizzi, soldado da Polícia Militar (PM) pode apontar o motivo do crime. Apesar de não divulgar nenhuma informação, a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) confirmou que o novo depoimento, prestado na noite desta segunda-feira (15), ajudou os policiais no rumo das investigações.
As pernas do soldado da Polícia Militar Rodrigo Federizzi foram encontradas na tarde desta terça-feira (16) em Araucária, próximo ao Terminal da Vila Angélica, na Lagoa do Passaúna. A informação foi confirmada pela Secretaria de Segurança Pública (Sesp). A localização do restante do corpo do policial foi indicada pela própria esposa dele, Ellen Homiak, que está presa desde a semana passada, suspeita de envolvimento no crime.
Em depoimento prestado à Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) na segunda-feira, Ellen confessou o crime.
Parte do corpo do soldado, que estava desaparecido desde o dia 28 de julho, foi encontrada em uma estrada rural de Araucária no domingo (14) de manhã. Ele levou um tiro na nuca e teve as pernas cortadas. O corpo estava em sacos plásticos.
No depoimento dado aos policiais, a esposa do PM teria dito um motivo para o crime, mas a polícia ainda trabalha para confirmar. A mulher contou que para matar Rodrigo ela usou a arma do próprio PM, que ficava na cabeceira da cama. Ellen aproveitou enquanto ele dormia e disparou uma única vez na nuca do PM.
Depois de morto, a esposa teria cortado as pernas de Rodrigo Federizzi e as decepado com a serra que foi apreendida no apartamento do casal, no dia em que policiais cumpriram mandado de busca e apreensão. Sobre a atuação, se agiu sozinha ou não, a Tribuna do Paraná apurou que isso só vai ser informado na conclusão das investigações.
Comprou uma pá
Ainda de acordo com as informações levantadas pela reportagem, depois de cortar o corpo do marido em pedaços, Ellen foi até uma loja de materiais de construção onde comprou uma pá para enterrá-lo. A DHPP conseguiu imagens, de câmeras de segurança, que registraram Ellen entrando no estabelecimento.
Depois disso, a mulher disse que dirigiu até a zona rural de Araucária para escolher onde enterraria o corpo. O dorso do PM, sem as pernas, foi enterrado na chácara em que foi encontrado no final de semana. De acordo com o depoimento, Ellen contou que ainda enterrava o corpo do marido quando ouviu um barulho e se assustou.
Para evitar que fosse vista, ela caminhou por cerca de meia hora em um matagal, onde teria enterrado as pernas do policial. Este local fica na região do Passaúna, onde os policiais estão com a mulher em busca de encontrar o que falta para fechar as investigações.
Revolta
Nas redes sociais, principalmente no facebook de Ellen, que continua ativo, muitos amigos se manifestaram em comentários das fotos dela, alguns até com ofensas.
Enquanto Rodrigo Federizzi ainda era tido pela DHPP como desaparecido, a mulher chegou a postar fotos do casal com frases em que dizia esperar que ele voltasse logo e dizia que estava sentindo a falta do marido.
Com a confissão do crime, os usuários se revoltaram e substituíram os comentários de apoio por mensagens de revolta. “Covarde, não pensou no filho”, diz um dos contatos de Ellen.
Em outro comentário, em que uma mulher diz “força, Ellen”, outro usuário respondeu: “Até ela confessar, a família estava dando voto de confiança nas mentiras dela. Deixe a família em paz, a assassina é a Ellen”.