A investigação da morte de Laurize Oliveira e Ferreira, 43 anos, resultou no indiciamento de dois colaboradores e a proprietária da empresa responsável pelo trio elétrico em que a DJ tocava no dia 15 de novembro, quando morreu ao despencar do veículo em movimento. Além disso, o motorista também foi responsabilizado e todos irão responder por homicídio doloso, pois agiram em desacordo com a lei e assumiram o risco de matar.
De acordo com a delegada Camila Cecconello, a empresa responsável pelo trio elétrico contratou dois auxiliares para erguer os cabos que iriam passar pelo trajeto do caminhão.
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“Eles não tiveram treinamento e não contavam com equipamentos de segurança. Assim que a fiação aproximou da área que a vítima estava, o caminhão continuou fazendo a curva e um dos rapazes não conseguiu ter força para levantar os cabos, atingindo a estrutura do trio e ocasionando a queda da vítima”, disse Cecconello da Polícia Civil do Paraná. (PCPR).
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Ainda na investigação, foi constatado que o trio elétrico possuía uma altura superior à permitida pela legislação e não era autorizado o tráfego durante o evento.
Motorista assumiu o risco
Quanto ao motorista, a delegada apurou que ele assumiu o risco de causar lesões a terceiros no momento em que aceitou conduzir um veículo com altura e dimensões superiores às permitidas, com pessoas em cima e passando perto de fiações.
“Ele alegou que devido ao tamanho do trio e por não ter visão nos retrovisores, não era possível visualizar o que estava acontecendo na parte traseira. Além disso, estava dirigindo com o tacógrafo vencido, o que impediu a averiguação da velocidade”, ressalta a delegada.
Morte da DJ Laurize de Oliveira
Laurize tocava em um trio elétrico durante a Parada da Diversidade em Curitiba. A queda ocorreu na Rua Lysimaco Ferreira da Costa, esquina com a Avenida Cândido de Abreu, no Centro Cívico.
Ela chegou a ser atendida no local e foi levada para um hospital, mas não resistiu aos ferimentos. Laurize era natural de Morrinhos, na região sul de Goiás.