Prometido pela prefeitura de Curitiba para passar por uma grande obra de expansão, o viaduto do Tarumã, no cruzamento da Avenida Victor Ferreira do Amaral com a Linha Verde, foi alvo de uma ação de fiscalização do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR) na última quarta-feira (18). A ação teve início após o órgão receber uma série de denúncias de problemas estruturais, como rachaduras, pilares expostos e outros sinais de degradação. A previsão é de que o levantamento fique pronto em 30 dias.

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De acordo com o Crea, foram diversas denúncias enviadas pela população que passa pelo viaduto e também dos próprios conselheiros da entidade. “Esse não é nosso trabalho padrão. Mas como as pessoas estavam mandando fotos do desgaste na estrutura, decidimos fazer um relatório da condição do viaduto”, explica a engenheira civil do órgão Gisela Godoi.

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A fiscalização da semana passada vai levantar as condições aparentes da estrutura. “Apenas descrevemos o que vemos e deixamos a pergunta ‘o que vocês farão em relação a isso?'”, descreve a especialista. O laudo será entregue para todos os órgãos que de uma forma ou de outra têm ligação com o viaduto, como a prefeitura, a Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Bases da estrutura do viaduto do Tarumã estão com as armações aparentes. Foto: Mellanie Anversa / Gazeta do Povo.

 

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Mesmo ainda sem o relatório, a equipe do Crea-PR pôde notar que há desgaste principalmente nas bases do viaduto, que ficam na Victor Ferreira do Amaral. Em quase todos os seis pilares que sustentam a estrutura há exposição das armaduras que ficam dentro do concreto. Além disso, foi constatado que há infiltração, já que plantas nasceram na estrutura, o que indica a presença de água.

Viaduto triplo com terminal

De acordo com a prefeitura, os viadutos de Curitiba passam por vistorias frequentes. Quando identificados problemas, eles são encaminhados à Secretaria Municipal de Obras (SMOP). Em relação ao caso específico do viaduto do Tarumã, a engenheira da pasta, Manuela Marqueño, explica que  possíveis reparos correções poderão ser feitas durante a obra de expansão do viaduto. “Quem fizer a obra vai avaliar a situação e o que pode ser feito na estrutura para conclusão do viaduto”, explica.

Projeto de como ficará o viaduto do Tarumã apos a reforma, com canaleta e terminal de ônibus. Foto: Prefeitura de Curitiba.

 

O novo viaduto do Tarumã é uma das principais obras anunciadas pelo prefeito Rafael Greca (DEM) em sua gestão, que termina no fim de 2020, caso não seja reeleito. Em julho deste ano, a prefeitura abriu a licitação da obra, na prática, o o primeiro passo para expandir a estrutura. Pelo projeto, a nova estrutura será transformada em um viaduto triplo canaleta para biarticulados, uma trincheira para desafogar o trânsito pesado da região e até mesmo um terminal de ônibus.

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A previsão da SMO é de que os trabalhos comecem assim que for emitido a Autorização de Início de Obra pelo Ministério do Desenvolvimento Regional, ligado ao governo federal.

A estrutura é uma obra importante para a cidade e está dentro do pacote de obras de conclusão da Linha Verde, via que liga as regiões Norte e Sul da cidade e que está em construção desde há 13 anos, desde 2006, no primeiro mandado de Beto Richa (PSDB) como prefeito de Curitiba.

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Segundo a PRF, passam pelo viaduto do Tarumã aproximadamente 119 mil veículos por dia, sendo 48,7 mil no eixo da Victor Ferreira do Amaral e 70,2 mil na Linha Verde.

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