Ainda internada em um hospital de Curitiba, uma das vítimas do policial federal que disparou contra quatro pessoas em um posto de combustíveis, no bairro Cristo Rei, contou que viveu momentos de terror na noite do último domingo (1°). A motorista de aplicativo, Priscila dal Negro, levou três tiros: no ombro, em uma perna e no abdome.

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“Parei para comer alguma coisa após o trabalho e, do nada, escutei os tiros. Ele veio atirando em todo mundo e eu fui atingida três vezes, no ombro, em uma perna e no peito. O do peito machucou meu pulmão. Meu namorado também levou três tiros e está com perigo de perder a visão de um olho. Vi um rapaz morrer na minha frente”, relembrou Priscila. O estado de saúde dela é estável.

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O caso está sendo investigado pela Polícia Federal, que afirmou ter aberto “providências legais para a apuração do episódio” e que irá auxiliar nas investigações da Polícia Civil. “A Polícia Federal expressa solidariedade neste momento de luto e dor das vítimas, familiares e amigos, ressaltando que tais condutas não refletem a formação, princípios e valores éticos da Instituição”, afirmou a instituição em nota enviada à reportagem.

A defesa do policial afirmou que o cliente teve um “surto psicótico, devido ao quadro profundo de depressão que vem enfrentando”.

Sepultamento

A única vítima fatal do ataque no posto de gasolina, o fotógrafo André Muniz Fritoli foi sepultado na manhã desta terça-feira (3), no Cemitério Água Verde.

Massacre no posto?

Segundo a Polícia Militar, a confusão teria começado depois que o policial federal estacionou o carro em um local não permitido. Houve uma briga entre o atirador e outras pessoas, incluindo um segurança do posto, em seguida ocorreram os disparos.

O policial apresentava sinais de embriaguez, o que não foi confirmado oficialmente. Além da pessoa que morreu na ambulância, outras três foram encaminhadas ao hospital. Foram cerca de dez tiros disparados na loja de conveniência.

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